A síndrome de Burnout está relacionada ao trabalho sob estresse constante.
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Excesso de responsabilidades, conflitos e falta de justiça no ambiente profissional podem desencadear a síndrome de Burnout. Porém, estudos comprovam que atividades físicas podem ajudar. Saiba mais!

A síndrome de Burnout está relacionada ao trabalho, ou seja, desajustes no ambiente profissional. É um problema que afeta pessoas de ambos os sexos que estão em situações de estresse constantemente.

Também é decorrente de falta de reconhecimento dos chefes, pouca autonomia na tomada de decisões, cansaço profundo e carga horária puxada. Por ser um fenômeno ligado ao trabalho, especialistas alegam que tanto o trabalhador quanto a empresa precisam cultivar mudanças para não gerar estresse e doenças relacionadas.

Como as atividades físicas podem combater a síndrome de Burnout?

Em uma entrevista ao G1, a psicóloga e coordenadora da International Stress Management Association, Ana Maria Rossi, informou que uma pesquisa realizada pelo Isma em 2018, aponta que 72% dos brasileiros sofrem com alguma sequela de Burnout, mesmo que em níveis leve, intermediário ou alto. Dessas, 32% desenvolveram Burnout.

Por ser um problema desenvolvido por conta de uma rotina puxada de trabalho e a correria do dia a dia, o estresse é muito comum entre os brasileiros. Com isso, a síndrome em questão se desenvolve e para evitá-la, se faz necessário incluir rotinas saudáveis.

É importante destacar que Burnout é conhecida como crise do esgotamento profissional, afetando as pessoas em condições psicologicamente desgastantes. Como sintomas, os indivíduos afetados apresentam: baixa autoestima, cansaço constante e alterações bruscas de humor.

Praticar exercícios físicos é, comprovadamente, uma forma eficaz de se combater e prevenir uma série de problemas funcionais. Estes estão associados a uma hiperativação do sistema nervoso simpático, consequentemente, acionado quando a pessoa está em uma situação de estresse. É exatamente nessas situações que o Burnout se enquadra.

Conforme estudos, a falta de atividades físicas compromete a expectativa de vida. Vale saber também que o sedentarismo está relacionado ao desenvolvimento do Alzheimer e risco de declínio cognitivo.

A prática de atividade física minimiza o estresse e, assim, os transtornos psicológicos. Portanto, ao adquirir o hábito de praticar exercícios físicos, a saúde mental só tem a ser favorecida.

A síndrome de Burnout e a realidade no ambiente de trabalho

Quando o indivíduo fica exposto a situações corriqueiras de estresse no ambiente de trabalho, as chances são enormes de sofrer de Burnout. É importante saber que o estresse no trabalho é multifatorial, portanto, está relacionado a diferentes questões.

Sejam elas as situações de risco, o fato de inibir as competências do funcionário, a falta de reconhecimento e até excesso na jornada de trabalho. Com tantas barreiras, as pessoas acabam por deixar de lado as questões de saúde, especialmente, a prática de atividades físicas.

Movimentar o corpo, de forma saudável, contribui para o bem-estar geral. O profissional acaba por ter melhor qualidade de vida, prevenindo-se contra diversos problemas de saúde e também tendo um bom relacionamento, tanto no ambiente de trabalho quanto em sua vida social.

Além disso, a prática de exercícios físicos regular contribui para melhor produção profissional. Tudo isso leva a uma satisfação pessoal e profissional, contribuindo assim, com a saúde, inclusive, psicológica.

Como a empresa pode ajudar seus colaboradores

Muitos profissionais que sofrem com qualquer um dos níveis da síndrome de Burnout não conseguem relaxar com folgas e férias. Portanto, se faz necessário contribuir dia a dia com a saúde dos mesmos.

Atualmente, muitas empresas oferecem o plano de saúde empresarial, de forma a contribuir com a saúde de seus colaboradores, oferecendo a opção de atendimento médico de qualidade. Outras ainda dispõe de uma equipe de fisioterapeutas que realizam ginástica laboral no ambiente de trabalho.

O que diz a OMS sobre as diferenças entre o estresse, depressão e Burnout

Para a Organização Mundial da Saúde, ambos são problemas específicos de saúde, embora com sintomas parecidos. Conforme a OMS, o estresse é uma resposta do corpo para situações do dia a dia e também pode ser indício de alguma doença.

Enquanto a depressão trata-se de uma doença psiquiátrica crônica e Burnout um fenômeno relacionado ao trabalho e não uma condição médica. Portanto, ambas as condições são tratadas de formas distintas pela OMS.

No geral, ambos possuem características próprias, que são:

  • Depressão: doença psiquiátrica que pode atingir pessoas de todas as faixas etárias.
  • Burnout: síndrome resultante de um estresse crônico, com origem no local de trabalho.
  • Estresse: reação automática, e fisiológica, do corpo em meio a circunstâncias que requerem ajustes comportamentais.

 

Escrito por: Andreia Silveira, editora no site Smartia.com.br.