Após a polícia localizar os restos mortais da cabeleireira Edilene Oliveira, o delegado Rérisson Macedo concedeu entrevista à imprensa e deu detalhes sobre a investigação. Segundo o delegado, Aldenir Alves Teixeira confessou ter matado a ex-mulher durante uma discussão. O crime aconteceu no dia 14 de julho, mas só nesta segunda-feira (10) o corpo foi encontrado numa chácara próximo de Araguaína.
Desde o início das investigações a polícia desconfiava da versão apresentada pelo ex-marido, como o boletim de ocorrência sobre o desaparecimento registrado apenas no dia 2 de agosto, mais de 15 dias depois. Após quebra do sigilo telefônico, o caso foi desvendado e constatado que se tratava de um crime passional motivado por ciúmes.
Crime premeditadoSegundo o delegado, o crime foi premeditado. Aldenir contou que viajou ao Maranhão para deixar os filhos com os pais de Edilene e retornou para Araguaína com a alegação de que queria reconstruir o casamento. No entanto, nas palavras de Rérisson, ele planejava uma "ruptura com a morte da esposa".
?Tinha deixado os filhos pra passar as férias. Ele disse que houve uma discussão entre o casal e ele deu um [golpe] ?mata-leão? nela. Asfixiou e disse que era pra acalmar da fúria dela durante a discussão. Mas só que quando ele soltou, que ela parou de gesticular, ele viu que ela estava desfalecida. Ele disse que tentou reanimar, deu uns tapas no rosto e realmente ela estava sem vida. Ocultação do corpoDe acordo com a investigação, ao constatar que Edilena havia morrido, o ex-marido pegou o corpo e levou no próprio carro para um matagal próximo a Jacubinha. Após a prisão nesta segunda-feira, 10, ele confessou o crime e indicou o local do corpo para a polícia. A cabeleireira foi enterrada numa vala comum de aproximadamente dois palmos e enrolada num colchão inflável.
Tentativa de despistar a PolíciaPara tentar despistar a investigação, Aldenir inventou que Edilene havia deixado ele e fugido, levando apenas o dinheiro que guardava em casa, deixando outros bens para trás. Inclusive, ele chegou a dizer a Polícia que a própria Edilene havia feito um inventário, especificando os bens que deixara para cada um dos dois filhos.
"?A moto deixa pra minha filha. A chácara deixa pro Wanderson?. Então são atitudes no mínimo suspeitas, pra quem ia embora fugindo com outra pessoa. Jamais poderíamos acreditar nisso". Argumentou Rérisson.
ConfissãoO delegado acrescentou que depois que conseguiu desmentir as alegações apresentadas pelo suspeito "ele começou a chorar e disse que realmente tinha matado a esposa dele" frisou .
Um sobrinho do acusado chegou a ter a prisão decretada por suspeita de participação no assassinato. Ele prestou falso depoimento a polícia, afirmando que esteve com o casal e negado qualquer discussão. Entretanto, depois da prisão, confessou que ajudou Aldenir apenas para que o tio não fosse colocado como suspeito, porque acreditava em sua inocência.
Segundo o delegado o sobrinho relatou "oh, eu menti pra ajudar meu tio pensando que ele num tinha feito algo dessa proporção, dessa natureza". Para delegado, o rapaz estava falando a verdade e será liberado.
Leia+ Polícia encontra restos mortais de cabeleireira desaparecida em Araguaína e prende ex-marido acusado de matá-la