A Polícia Civil prendeu nesta quarta-feira (29) em Araguaína João Santos da Silva. Ele é suspeito de agredir e manter a própria esposa e o enteado em cárcere privado. A vítima contou à polícia que era tratada como escrava e seu filho de 7 anos impedido de ir à escola.
De acordo com a PC, as denúncias descrevem um caso encarceramento dos familiares. A mulher era impedida de sair de casa e o filho não podia frequentar a escola para não ter contato com outras pessoas.
Conforme a investigação, João Santos ainda agredia os dois constantemente. Mãe e filho chegaram a apanhar ao mesmo tempo com uma mangueira. A criança também era submetida a situações degradantes, como dormir nua no chão.
Também sofria ameaças psicológicas e era impedida até mesmo de assistir TV. Ainda segundo a investigação, mãe e filho só podiam se alimentar quando João estivesse presente e ficavam trancados em casa quando ele não estava.
A vítima disse que era tratada como uma escrava e que devia a João em tudo, e se não o fizesse de forma rápida, era agredida fisicamente. A mulher ainda tentou fugir da cidade com o filho, mas foi alcançada e teve os documentos pessoais destruídos.
O suspeito ainda teria quebrado o celular da esposa, cometendo crime de dano, para impedi-la de ter contato com outras pessoas.
A investigação começou depois que do número de faltas do menino à escola chamou a atenção. Denúncias anônimas também levantaram suspeitas de que agressões poderiam estar acontecendo.
A Justiça decretou a prisão temporária de João. Ele vai responder por crimes de destruição de documento público ou particular, cárcere privado, abandono intelectual, dano, lesão corporal, ameaça e maus tratos. A polícia disse que a medida vale até o fim de semana, mas que vai pedir a prisão preventiva por tempo indeterminado, já que há indícios de tortura.