Está previsto para terminar nesta sexta-feira (27) a primeira parte do julgamento dos detentos que fugiram da unidade prisional Barra da Grota, em Araguaína, e na ação fizeram reféns e aterrorizaram a cidade. O caso aconteceu em outubro de 2018.
Ao todo, 28 presos fizeram uma rebelião e usaram uma professora e agentes penitenciários como reféns. Na fuga, dez presos morreram após confrontos com equipes policiais.
O julgamento começou na segunda-feira (23) e, a princípio, 18 pessoas estavam no banco dos réus. Mas o processo foi desmembrado e quatro dos detentos começaram a ser ouvidos nesta quinta-feira (26).
Ainda não há data definida, mas os outros 14 envolvidos também devem ser ouvidos posteriormente. Ao longo da semana, pelo menos 40 testemunhas foram ouvidas.
O desmembramento ocorreu por causa de uma testemunha indicada pela defesa, que o Judiciário não conseguiu fazer contato porque estaria fora do Brasil.
Dentro dos procedimentos no Fórum de Araguaína, também nesta sexta-feira devem começar os debates entre o Ministério Público Estadual, responsável pela acusação, e a defesa dos réus. Cada um terá 2h30 para discutir sobre os depoimentos.
Além disso, dentro das regras do julgamento, acusação e defesa também terão duas horas para a réplica e mais duas horas para a tréplica.
Relembre a fuga
A rebelião começou dentro da sala de aula da unidade, quando os presos fizeram uma professora refém. Agentes penitenciários foram baleados e feridos com chunchos, armas artesanais. Os criminosos também conseguiram tomar as armas dos servidores.
Dez morreram durante confronto com a polícia em uma região de mata. O chefe de plantão do presídio e a professora, que na época tinha 43 anos, foram feitos reféns.