Fernando Almeida/Araguaína Notícias
O líder da rebelião no Barra da Grota em 2009, Ademir Prestes, conseguiu fugir nesta sexta-feira, 18. Na época, após o ocorrido, ele chegou a ser transferido para presídios federais, mas retornou posteriormente a Araguaína.
De acordo com fonte do AN, o presidiário, beneficiado por projeto de ressocialização, trabalhava na horta do presídio para redimir a pena. No entanto, na sexta-feira (18) ele conseguiu fugir no final da tarde. Ademir é condenado pelo crime de latrocínio [roubo seguido de morte].
O benefício ao detento de alta periculosidade causou indignação na polícia em Araguaína. “A prova de que ele era perigoso e não de confiança é que fugiu. Quais os critérios? Será que lá (no Barra da Grota) não tem presos menos perigosos?” questionou um agente que preferiu não ser identificado.
Segundo fonte do AN, na rebelião (2009) Ademir fez vários agentes da Policia Civil como reféns. Na época, o presídio foi completamente destruído e teve que ser reconstruído. Já em 2010, um bilhete atribuído ao PCC, encontrado no Barra da Grota, tinha assinatura de Admir. No papel havia intimidações e ameaças a detentos da unidade penal.
A reportagem conseguiu contato com o diretor do presídio, Jean Carlos Gomes, nesta tarde. Ele negou que a ida de Ademir para trabalhar na horta tenha contrariado a polícia. “Os policiais que trabalham no presidio, todos eles sem exceção, aprovaram a ida dele ao serviço interno”.
Segundo a direção, para ter direito ao trabalho interno o detento deve cumprir requisitos objetivos e subjetivos, como tempo e bom comportamento. O interno passa por avaliação da equipe multidisciplinar da Umanizzare, pelo crivo do chefe de segurança e também pela direção da unidade.
Ainda de acordo com o diretor, no caso de Ademir, a decisão de colocá-lo na horta foi feita com autorização judicial, parecer do Ministério Público Estadual e da Defensoria Pública. “Foi uma decisão conjunta” frisou. Acrescentou que “o preso não importa se a pena é alta ou não, o que ele fez ou não. A gente não pode discriminar qualquer preso aqui dentro”.
O mais importante é que a polícia já o localizou na cidade de Gurupi e ele já está preso. Finalizou. O AN Também procurou a empresa responsável pela unidade penal, a Umanizzare, mas não obteve retorno.
Atualizada às 16:25