Líder quilombola Fátima Barros.
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A professora e líder quilombola Maria de Fátima Batista Barros, de 47 anos, é mais uma vítima da covid-19 no Tocantins. Ela faleceu no Hospital Regional de Augustinópolis, na manhã desta terça-feira (6). Fátima Barros, como era conhecida, começou a sentir os sintomas da covid-19 na Ilha de São Vicente, no Rio Araguaia, onde morava.

Há pelo menos 20 dias ela recebeu atendimento no Hospital de Augustinópolis onde foi internada inicialmente em leito clínico, depois o quadro dela agravou e ela foi transferida para UTI do mesmo hospital. Apesar dos cuidados médicos, ela não resistiu às complicações da covid-19 e evoluiu a óbito nesta manhã.

O sepultamento da líder quilombola será na cidade de Araguatins, no Bico do Papagaio, onde fica a Ilha de São Vicente. O professor, historiador e coordenador da Associação Negra Cor, Manoel Silva, comentou a morte de Fátima e destacou o legado deixado pela líder comunitária.

Ela lutou, lutou, até quando pode. Foi bem assistida pelos médicos. Infelizmente, ela não conseguiu suportar essa covid. Uma grande liderança Quilombola da Ilha de São Vicente, do movimento negro. Conhecida nacionalmente e internacionalmente. Destacou.

Perfil

Pedagoga, Maria de Fátima era militante da ANQ (Articulação Nacional de Quilombos); membro da Comissão Povos do Cerrado do Conselho Regional do Tocantins CRP 23; membro do Grupo Carolinas leitoras de Marabá; membro do Coletivo Dandaras do MATO; coordenadora da Biblioteca Quilombola Julião Henrique Barros; e coordenadora do Coletivo de Jovens lideranças da Ilha de São Vicente.