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Maratonista araguainense busca índice olímpico para Tóquio 2020

Araguainense radicado em Brasília, Antônio Wilson, o "Toin," conseguiu apoio financeiro de corredor do Paraná para tentar vaga no Japão

Toin na Meia Maratona de Curitiba - MEIA DE CURITA 2020
Foto: Divulgação

O araguainense Antônio Wilson, o “Toin”, 30 anos, luta pelo sonho de integrar a equipe brasileira que disputará a Maratona na Olimpíada de Tóquio 2020. No ano passado, Toin fez uma tentativa de conquistar o índice olímpico na Maratona de Hamburgo, na Alemanha, mas não conseguiu completar a prova.

O amor pelo esporte começou aos 15 anos, quando competia na pista na da escola que estudava em Araguaína. Na época, seu professor de Educação Física o ajudou a viajar a Brasília para sua primeira competição, mas ele não se saiu bem.

A partir de então começou a treinar e deixou Araguaína em setembro 2007 para integrar a equipe da Gran Cursos em Brasília. Logo em seguida, no ano de 2009, entrou no exército e foi dispensado para treinar e começou a se destacar como atleta.

Treinado pela esposa e educadora física, mas sem recursos financeiros, Toin viajou para Hamburgo na Alemanha no ano passado para tentar o índice olímpico. Chegou à cidade alemã em cima da hora e sem os equipamentos adequados para enfrentar as condições climáticas que se apresentaram no dia da prova.

A maior dificuldade do atleta profissional é a falta de patrocínio, pois o custo de treinamentos e viagens é muito alto. As dificuldades que eu tive em Hamburgo começaram desde a programação, pois sem muito dinheiro eu tive que ir pelos meios mais baratos. Então não pude levar a quantidade apropriada de roupas de frio e quando cheguei em Hamburgo a temperatura mudou e ficou muito frio, cerca de 1°C com chuva e vento. Por isso, literalmente congelei durante a prova. Quando cheguei ao quilômetro 35, não sentia mais as extremidades e quando cheguei ao quilômetro 38 desmaiei e acordei na tenda médica”, relembra Wilson.

Caso o atleta tivesse contado com uma logística mais planejada o caminho para o índice olímpico já teria sido percorrido.

História comoveu corredor e empresário paranaenses

A história de luta, amor pelo esporte e superação do atleta tocantinense sensibilizou uma dupla de empresários paranaenses que resolveu dar apoio para Toin buscar a vaga na equipe olímpica brasileira.

Quando conheci, por coincidência, a história do Toin na Maratona do Rio fiquei muito impressionado. Pois, meu objetivo era entrevistar o vice-campeão da prova e acabei ouvindo um desabafo de um atleta que estava triste por conhecer seu potencial e não ter os recursos necessários para lutar pelo seu sonho. Como corredor amador, aquele relato me sensibilizou”, conta Davi Xavier, corredor, YouTuber e sócio marca de produtos esportivos Insane Runners.

Para conseguir o índice para a Maratona de Tóquio, Toin precisa correr na marca de 2h11 min 30s, terá de baixar mais de seis minutos da sua atual marca. É possível? Sim. Então, para isso, os empresários resolveram patrocinar as viagens para aclimatação em altitude na Colômbia e toda estrutura de preparação nutricional e física para tentativa do índice no dia 19 de abril em Hamburgo, na mesma prova em que Toin “quebrou” em 2019.

Além disso, uma camiseta com a hashtag #vaitoin foi criada para a arrecadar fundos para ajudar nos custos dos treinamentos do maratonista e pode ser comprada na loja da marca na internet https://www.insanerunners.com.br/insane-rumo-a-toquio

Uma camiseta com a hashtag #vaitoin foi criada para a arrecadar fundos para ajudar nos custos dos treinamentos do maratonista