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A denúncia do MPE caracteriza o crime como hediondo e sustenta que o mesmo se enquadra na categoria de feminicídio. Também lista como qualificadoras o fato de que foi cometido mediante meio cruel, por motivo torpe e praticado de forma a impossibilitar a defesa da vítima. O Ministério Público requer que o caso seja julgado por Tribunal do Júri.
Na denúncia, o Promotor de Justiça Paulo Alexandre Rodrigues de Siqueira relata que Milena terminou o namoro com Divino da Silva após tomar conhecimento de supostos crimes cometidos por ele. Desde então, Divino teria passado a ameaçá-la de morte.
No dia 15 de novembro, o denunciado encontrou a ex-namorada no show da dupla Anavitória, acompanhada de irmãos e de amigos, ocasião em que Divino teria ordenado que ela fosse embora. Diante da recusa, ele afirmou que arrumaria um "ferro".
Após o término do evento, quando Milena Abreu retornava para casa, foi surpreendida pelo ex-namorado, que desferiu diversos golpes de facão em seu rosto e em outras partes do seu corpo, enquanto ela agonizava e implorava para que parasse. Ela caiu ao chão e Divino então se afastou. Mas bastou que Milena tentasse se levantar para ele retornar ao local e recomeçar a golpeá-la, até que a vítima decidiu fingir estar morta.
Divino da Silva Marinho fugiu do local e dirigiu-se para a cidade de Nova Olinda, onde ficou escondido na mata. Posteriormente, foi capturado e atualmente se encontra recolhido na Casa de Prisão Provisória de Araguaína.
Milena Abreu de Moura foi socorrida pelo Samu e encaminhada para o Hospital Regional de Araguaína, onde se submeteu a uma cirurgia para reconstrução da face. Ela permanece internada na unidade hospitalar, em estado estável.
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