No cargo desde 2016, o diretor do Colégio Militar de Araguaína, Major Edilson Ferreira de Sousa, deixará a função nesta sexta-feira, 25. Diante disso, pais e alunos se manifestaram contra a saída dele. Inclusive, alguns alunos lançaram um abaixo-assinado pela permanência do diretor.
Nesta sexta-feira (25), Major Edilson já deve se apresentar ao Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BPMA), de Araguaína. E o substituto, Major Manoel Filho Pinto Sousa, assumirá a função de Diretor do Colégio Militar de Araguaína. A mudança repentina não agradou estudantes da unidade, nem os pais, que se manifestaram contra.
Aluna do CPM há quase dois anos, Stela Lopes Aráujo (16 anos) elogiou o trabalho do diretor, que deixa o cargo nesta sexta-feira e questionou o motivo da substituição. Relatou que teve uma experiência positiva na unidade e frisou gostar do aspecto pedagógico e disciplinar na Escola.
—Me senti bem acolhida. É um ambiente familiar e que ao mesmo tempo te motiva a continuar estudando. Isso graças à determinação e empenho da equipe pedagógica, disciplinar, chefiadas pelo Major Edilson de Sousa. Que sempre buscou o melhor. (...) Ele tem o apoio dos pais, alunos e funcionários da escola. Disse acrescentando.
—E hoje, infelizmente, nós recebemos muito triste: a transferência do Major Edilson. (...) E agora, nosso maior questionamento é: por que houve essa transferência? Qual a real motivação dessa transferência? Já queestava desempenhando tão bem as suas funções. Questionou Stela.
Janes Mayame Ferreira, cuja filha estuda no Colégio Militar, defendeu a permanência do Major Edilson como diretor. Disse que teve outras opções de escolas para a filha estudar, mas escolheu o CMP por ser referência na cidade.
—Não me arrependi. Desde a primeira reunião que foi feita com os pais, com o Major, a gente viu que a escola tinha um tratamento diferenciado com os pais com os alunos. Uma parceria real”. Pontuou, complementando.
—No meio de uma pandemia, numa situação dessa, mudar o diretor. Onde os pais não vão ter oportunidade de ver presencialmente o [novo] diretor ser apresentado. E qual a metodologia dele de trabalho, é incoerente e totalmente desnecessário. Eu como mãe de aluna, não apoio isso, não concordo com isso. E acho isso o fim para uma escola que tem um histórico tão bom como o Colégio Militar. Protestou Janes.
O que diz a Seduc
Em nota, a Seduc informou que cabe legalmente ao Comando Geral da PMTO a movimentação do efetivo da Instituição.
"Que toda movimentação considera a circunscrição de âmbito Estadual da Corporação e a vivência profissional, cujos policiais militares podem ser movimentados a todo tempo; estando sujeitos, como decorrência dos deveres e das obrigações da Atividade Policial Militar, a servir em qualquer parte do Estado e, quando designado, em qualquer parte do País ou do Exterior.
Considera ainda que, toda movimentação tem por finalidade principal assegurar a ação presença, atendendo a necessidade do serviço nas Unidades, Subunidades e respectivas frações destacadas da Corporação, e também a demanda operacional e administrativa aliada à necessária adequação e distribuição do efetivo existente para atender a sociedade tocantinense".