Na tarde desta sexta-feira, 11, a Polícia Civil do Estado do Tocantins, por intermédio da 33ª Delegacia de Nova Olinda, cumpriu mandado de prisão preventiva em desfavor de um indivíduo de iniciais F.F.A., de 29 anos de idade, principal suspeito de abusar sexualmente de sua própria sobrinha entre os anos de 2008 e 2009, naquela cidade. Segundo nas investigações o apurado, a vítima tinha entre 7 e 8 anos de idade na época do crime e tio tinha 19 anos de idade.
De acordo com o delegado Luis Gonzaga da Silva Neto, por todos estes anos, a vítima guardou segredo em relação ao abuso sofrido pelo tio, revelando somente agora, tendo em vista não conseguir se relacionar com o atual namorado, vindo a revelar o porquê do comportamento estranho. A vítima, que hoje tem 17 anos de idade, relatou que na época do crime estava num galpão juntamente com seu tio e que ele, aproveitando-se da situação, a estuprou.
A vítima também relatou que na época não entendeu o que havia acontecido, mas lembra-se que se sentiu muito estranha, não sabendo explicar os seus sentimentos. A adolescente contou ainda que não revelou para ninguém o abuso sofrido, pois tinha vergonha e pensava que pudesse esquecer sozinha, mas isso passou a atormentá-la.
A menor fora submetida à perícia médico legal, onde ficou constatado que a mesma não era virgem há muitos anos. Desse modo, o exame confirmou que a conjunção carnal coaduna com o período relatado pela vítima (cerca de 10 anos atrás), evidenciando o seu relato de ter sido abusada sexualmente quando criança.
A vítima também foi submetida à avaliação psicológica do grupo gestor das equipes multidisciplinares do poder Judiciário, tendo a psicóloga concluído que a menor teve uma experiência traumática muito cedo em sua vida, coincidindo com o relato do abuso sexual sofrido pelo seu tio. Ainda, segundo a profissional consultada é improvável que a menor tenha revelado, fantasiado, ou feito falsa memória desse abuso sexual sofrido.
O Delegado Luís Gonzaga da Silva Neto, titular da Delegacia de Nova Olinda, concluiu o inquérito policial, sendo o tio da vítima, F.F.A., indiciado pelo crime de estupro qualificado majorado pela violência presumida, cuja pena total pode chegar ao patamar de 20 (vinte) anos de prisão, tratando-se de crime hediondo.
Depois de preso, o indivíduo foi recolhido à Casa de Prisão Provisória de Araguaína (CPPA), onde permanecerá à disposição do Poder Judiciário. O caso agora fora encaminhado ao Poder Judiciário para as medidas cabíveis. Vale ressaltar que o Ministério Público já ofereceu denúncia pela prática do crime investigado.