PF cumprindo mandados durante a 1ª fase da Operação Caninana.
Foto: Divulgação

A Polícia Federal prendeu dois delegados da Polícia Civil na tarde desta quarta-feira, 10, na capital Palmas.  A ação teve o apoio da PC e se trata da segunda fase Operação Caninana, deflagrada em 22 de junho deste ano. 

Trata-se dos delegados da PC, Ênio Walcacer de Oliveira Filho e Amaury Santos Marinho Junior. Eles são investigados por envolvimento em suposto grupo de extermínio, que atuava em Palmas.

Presos, os delegados foram levados para o Batalhão de Choque da Polícia ´Militar em Palmas. Toda a operação, que contou com 12 agentes da PF, foi acompanhada por equipes da Corregedoria da PC-TO. 

A investigação da PF apontou que em apenas um dia cinco ex-presidiários  foram mortos com indícios de execução. Após a prisão dos delegados, a Polícia Federal informou mais detalhes sobre as ações atribuídas aos agentes da lei.

"Foi apurado do transcorrer das investigações que um grupo criminoso formado por Policiais Civis/TO monitorava a saída de pessoas recém egressas do sistema prisional e as executavam de forma planejada."

O outro lado

A defesa do delegado Ênio Walcacer disse ao G1 Tocantins que recebeu com surpresa a informação sobre a prisão, por entender que é desnecessário, e que vai recorrer. O advogado do delegado Amaury também informou ao referido veículo de comunicação que irá analisar quais os próximos passos a serem adotados.

Prisão dos agentes

Na primeira fase da Operação Caninana, deflagrada em junho, a PF prendeu cinco agentes da PC por suspeita de envolvimento no suposto grupo de extermínio. São eles,  Antonio Martins Pereira Junior, Carlos Augusto Pereira Alves, Giomari dos Santos Junior, Callebe Pereira da Silva e Antônio Mendes Dias.

O advogado Antônio Filho Ianowich, que defende os agentes presos, negou que façam parte de grupo de extermínio. Pontuou que as mortes são decorrentes da guerra entre facções e complementou que os agentes estão sendo perseguidos.