Durante coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (8) em Palmas, a Polícia Civil divulgou os nomes dos suspeitos de participação no assassinato do jornalista Francisco Mateus Júnior.  Quatro foram presos, entre eles uma mulher, no município de Nova Rosalândia, a 115 km da capital, mas um quinto suspeito ainda está foragido.

De acordo com os delegados Jeter Aires Rodrigues e Vinícius Mendes de Oliveira, cerca de 15 agentes da DEIC (Delegacia Especializada em Investigações Criminais) participaram da operação na busca dos suspeitos.

Segundo o delegado Vinícius Mendes de Oliveira, os suspeitos são jovens ente 18 e 24 anos com antecedentes criminais. "Um deles possuía contato de amizade com o jornalista", afirmou. O delegado disse ainda que o carro do jornalista teria sido abandonado no município de Porangatu (GO), por pessoas ligadas aos suspeitos, a fim de atrapalhar as investigações da polícia.

Foram presos Thiago Cruz Alencar (24 anos), Diego Rodrigues dos Santos (20 anos), Braulio Breedon Golçalves Alencar (24 anos) e Jackelyne Cleia Araújo Dutra (19 anos). A polícia também divulgou o nome do quinto suspeito foragido, Ronie Von Pereira da Silva (20 anos).

De acordo com as informações dos delegados, o crime teria acontecido na manhã do sábado, 3. Segundo o relato dos presos, o jornalista teria frequentado bares na região norte da Capital, na noite anterior ao crime, na companhia de alguns deles, e depois teriam ido para a casa da vítima.

Na residência, conforme a Polícia Civil, os suspeitos teriam observado o padrão econômico do jornalista, momento em que com uma arma de fogo teriam anunciado assalto, rendido e amarrado Mateus Júnior. Os relatos afirmam que, por ser asmático, o jornalista solicitava aos bandidos que a cada cinco minutos ministrassem medicamento oral para asma.

Em determinado momento, Mateus teria gritado por socorro, momento este em que um dos suspeitos teria o amordaçado. Os presos contaram que, algum tempo depois, o jornalista teria desfalecido, supostamente por falta da medicação, momento em que eles o colocaram no porta-malas do próprio carro e deixaram o corpo, já sem vida, em uma estrada vicinal, próximo da cidade de Lajeado. Eles cobriram com vegetação nativa para esconder o cadáver.

O delegado Vinícius Mendes acrescentou que quando ainda estavam na residência do jornalista, o grupo teria roubado uma televisão de LED, roupas e produtos alimentícios. "Chegaram a fazer um churrasco com parte da carne roubada na residência", afirmou.

Tão logo foi registrado o desaparecimento de Mateus Júnior no início da semana, amigos e colegas de profissão passaram a compartilhar textos demonstrando a angústia sobre seu sumiço, em diversas redes sociais. Um grupo de discussão via mensagens de celular chegou a ser criado para troca de informações, a esperança era de que o jornalista fosse encontrado com vida.

Mateus Júnior chegou ao Tocantins ainda na década de 90 e possuía mais de 20 anos de serviços prestados em diversos órgãos e veículos de comunicação tocantinenses, além de ter sido titular da Secretaria de Estado da Comunicação Social (Secom) no início desta década.

Várias autoridades divulgaram nota lamentando a morte do profissional.

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