Um preso do presídio Barra da Grota em Araguaína entrou na Justiça no último dia 30 contra três portais de notícias: AF Notícias, Portal O Norte e G1 Tocantins. Além de pedir a exclusão de matérias, o presidiário pede indenização total de R$ 60 mil dos três veículos de comunicação.

No último dia 25 de maio os três portais divulgaram matéria sobre o julgamento de Jhonathan Pawmer Ferreira Carvalho, que se encontra preso no Barra da Grota. O advogado dele, Andrey Filipe da Costa e Silva, apontou um "erro" de informação e recorreu à Justiça.

Os três veículos publicaram informações divulgadas pela assessoria do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJ-TO). Na época, a assessoria informou a pauta da 3ª Temporada do Júri em Araguaína, na qual Jhonathan Pawmer seria julgado como "réu no processo de assassinato" de Júlio Moreira dos Anjos. Entretanto, diferentemente do informado pelo TJ-TO, o correto deveria ser réu por "tentativa de assassinato".

Em casos de equívocos como este é comum que a família ou advogado reporte o erro ao veículo de comunicação, que por sua vez faz a devida correção e emite nota de errata.  O motivo do pedido de indenização é o simples fato de ter sido divulgado que o preso é acusado de "homicídio", quando deveria ser "tentativa de homicídio". Um equívoco simples de ser corrigido, bastando apenas uma ligação, uma mensagem de WhatsApp ou e-mail, que já resolveria.

Mas a defesa do preso ingressou na Justiça contra os três portais de notícias.  A ação pede urgência na retirada da matéria do ar ou a modificação do título e texto para que não se propague mais a ofensa. Além disso, solicita a publicação por parte dos sites de reportagem com pedido de desculpas para amenizar o mal causado a honra de Jhonathan Pawmer.

Além disso, pede indenização por danos morais no valor de R$ 20 mil de cada veículo de comunicação, totalizando assim o montante de R$ 60 mil.  Também pede a condenação dos requeridos ao pagamento das custas processuais e honorário advocatício.

De acordo com o TJ-TO, crime ocorreu em fevereiro de 2016, e segundo a denúncia do Ministério Público, Jhonathan, após luta corporal com Júlio, teria desferido um golpe de faca contra a vítima.

Segundo os autos, o crime teria ocorrido com a finalidade de assegurar vantagem e a impunidade de um outro crime praticado pelo acusado. A vítima teria descoberto que Jhonatan havia furtado um aparelho celular e, diante da situação, o acusado teria cometido a tentativa de homicídio para impedir que a vítima o denunciasse às autoridades. Jhonathan foi julgado no último dia 2, sexta-feira, mas a sentença ainda não foi divulgada.