
A partir desta quarta-feira (1°), os produtores rurais do Tocantins devem iniciar a declaração obrigatória de animais. O documento deve ser entregue presencialmente, junto à Agência de Defesa Agropecuária (ADAPEC) mais próxima. De acordo com o Governo do Estado, são esperadas as declarações de mais de 62 mil produtores durante o período de 1º a 30 de novembro.
O processo, que antes era voluntário, tornou-se obrigatório após a suspensão da vacinação contra febre aftosa em 2022, marcando um avanço significativo na segurança sanitária dos rebanhos e na garantia da manutenção e abertura de novos mercados para a pecuária local.
A Declaração de Informações Pecuárias do 2º Semestre é um procedimento fundamental que compreende a coleta de informações cruciais, incluindo idade, sexo, espécie e quantidade de animais. As espécies mais comuns na região, tais como bovinos, búfalos, equinos, asininos, muares, suínos, ovinos, caprinos, aves, peixes, abelhas e animais aquáticos, devem ser detalhadamente registradas.
De acordo com a especialista em contabilidade rural da AVF Contabilidade, Ayla Vaz Fabri, a apresentação destes dados deve ser feita de forma eficiente e no prazo previsto, para que os trâmites burocráticos aconteçam sem dificuldades.
“Para além de manter o controle sanitário, o produtor rural deve ter em mente que o não cumprimento da declaração pode acarretar em multas, ou pior, na suspensão do cadastro junto à ADAPEC, o que pode inviabilizar a atividade agropecuária”, reforçou Ayla.
Segundo dados do Governo do Tocantins, em maio deste ano, foram declaradas 92,90% das propriedades, das 72.214 registradas com explorações pecuárias (agrupamento de uma ou mais espécies de animais dentro de uma propriedade). O cumprimento dos prazos de declaração de rebanho, evitam problemas fiscais e contribuem para a segurança sanitária dos rebanhos, além de garantir oportunidades de expansão nos mercados pecuários.