A comunidade do setor Barra da Grota, em Araguaína (TO), acredita que o episódio envolvendo o professor Josemar Rodrigues de Sousa não passou de uma armação. Josemar é diretor da Escola Municipal São Miguel, localizada naquele setor, e foi acusado de assediar um adolescente na noite do último sábado (29).

O professor chegou a ser conduzido à Delegacia de Plantão na mesma noite para prestar esclarecimentos. Ele teria sido visto por populares adentrando na unidade escolar juntamente com o adolescente.  O professor conta que foi apenas pegar um dicionário e acabou sendo seguido pelo menor. Na Delegacia, o delegado plantonista liberou o professor por falta de provas, já que nenhum dos exames comprou o ato e nem o adolescente confessou que estaria sofrendo assédio. Apesar disso, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) decidiu afastar Josemar Rodrigues de Sousa de suas funções por 90 dias, até que sejam apuradas as denúncias que pesam contra ele.

De acordo  com o presidente da Associação de Moradores do Barra da Grota, Antônio dos Reis Pereira dos Santos, o diretor da escola é uma pessoa respeitada no setor e é tido como um conselheiro da comunidade. “É um homem evangélico e quase todos nós aprendemos com ele. Ele está à frente dessa escola há mais de 30 anos”, disse.

Comportamento do menor 

Antônio dos Reis disse ainda que a população está indignada com o comportamento do adolescente envolvido no caso, que tem aproximadamente 13 anos de idade. Na tarde desta terça-feira (2), ele atirou uma pedra no rosto da própria mãe, dona Raimundinha. A violência do menor deixou marca na senhora e, segundo os moradores, é uma conduta costumeira.   

Ainda conforme o presidente da Associação, o professor foi vítima de uma armação. Reis contou ainda que o adolescente mora somente com a mãe e a avó, não tem assiduidade na escola e é visto constantemente circulando pelas ruas altas horas da noite. “Ele passa a maior parte do tempo na rua e não tem quem o corrija. A comunidade acaba presenciando um comportamento desse que não poderia existir, apesar de tantas leis sem nenhuma efetividade”, lamentou Antônio dos Reis.