A Executiva Nacional do PSB decidiu apoiar a candidatura de Aécio Neves (PSDB) para a Presidência da República, no segundo turno. Após cerca de três horas de reunião, 22 membros da executiva votaram pelo apoio a Aécio, 7 pela neutralidade e apenas o senador João Capiberibe (AP) votou pelo apoio a Dilma.
Os que votaram pela neutralidade foram a senadora Lídice da Mata (BA), o senador Antônio Carlos Valadares (SE), Katia Born, o secretário de Juventude, Bruno da Mata, o presidente do partido Roberto Amaral, a deputada Luiza Erundina (SP) e o secretário da Área Sindical, Joílson Cardoso.
Ao tomar conhecimento da decisão, Aécio Neves foi até a sede do PSB, em Brasília, e ouviu dos pessebistas que a aliança será condicionada a acordos programáticos no plano de governo.
"Esta indicação de apoio fica condicionada a acordo a ser discutido e firmado sob bases programáticas, considerando a urgência de se criar o ambiente necessário a um novo ciclo de desenvolvimento", disse o presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, ao anunciar a decisão.
O candidato estava acompanhado do senador eleito Tasso Jereissati (PSDB-CE), que chefiará a equipe responsável pela formulação do plano de governo. Aécio ressaltou que a aliança com o PSB será mantida pelos próximos quatro anos, caso seja eleito.
"Este apoio que aqui recebo da direção nacional do PSB, de governadores, de senadores e deputados, fortalece muito a minha candidatura que, a partir deste instante, deixa de ser uma candidatura do meu partido e de um grupo de aliados, e passa a ser a candidatura do amplo sentimento de mudança que hoje permeia a sociedade brasileira", disse.
Ele também mencionou o ex-presidente do PSB e ex-candidato do partido à Presidência da República Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo em agosto deste ano. Aécio destacou a honra de levar adiante os ideais de Campos de fazer "uma nova política". "Os seus sonhos, Eduardo, passam a ser os meus sonhos. Os seus compromissos, meus compromissos. A partir de agora caminharemos juntos", disse em discurso.
Nesta quinta (9), os demais partidos que se coligaram com o PSB no primeiro turno - PPS, PSL, PHS, PPL e PRP - se reunirão para decidir se também apoiarão o candidato do PSDB.