Delegado Marivan da Silva Souza, lotado em Colmeia

A Justiça de Guaraí decretou a prisão de quatro PMs envolvidos na ação  que  feriu o delegado Marivan da Silva Sousa, lotado na cidade de Colmeia. O mandado foi expedido e cumprido na noite deste sábado (28).

Eles foram identificados como Frederico Ribeiro dos Santos, João Luiz Andrade da Silva, Tiago Marinho Duarte Peres e Cleiber Levy Gonçalves Brasilino. Os quatro PMs se encontram presos no Quartel da PM de Guaraí, cidade onde o fato ocorreu.

Delegado baleado

O delegado Marivan da Silva Souza foi baleado em Guaraí na manhã deste sábado (28), por PMs que investigavam o assalto a um carro-forte ocorrido na sexta-feira. Ele levou três tiros, sendo um na orelha, outro no braço e um terceiro de raspão na cabeça. Foi socorrido, levado de helicóptero para Palmas e não corre risco de morte.

Investigação do caso

Em nota conjunta, a Secretaria de Segurança Pública (SSP-TO) e  o Comando Geral da PM informaram que foram abertos dois procedimentos para investigar o ocorrido.

O Sinpol-Sindicato de Policiais Civis do Tocantins criticou a ação dos PMs e chamou de "despreparo." O Sindepol-Sindicato dos Delegados de Policia Civil do Tocantins disse que a ação " é o reflexo de atos ilegais que são praticados de forma costumeira" pela PM.

Nota em defesa dos PMs

A Federação das Praças e Servidores Militares do Estado do Tocantins (FASPRA-TO) divulgou nota n noite desta sexta-feira, 28.  Enfatizou que torce pela recuperação do delegado Marivan, frisou que Comando Geral e a SSP-TO estão investigando o fato ocorrido em Guaraí. E condenou o juízo antecipado de terceiros em relação ao caso.

Não [cabe a] terceiros concluir e condenar os envolvidos sem o prévio exercício da ampla defesa e contraditório.  (...) A FASPRA-TO se posiciona ao lado de nossos companheiros no sentido de apoiar e garantir por meio de nosso Jurídico o resguardo pelo devido processo legal, bem como o respeito as prerrogativas inerentes aos militares que outrora foram deixadas de lado.

Posição do Delegado Regional de Araguaína

Segundo o Delegado Regional de Araguaína, Bruno Boaventura, o delegado Marivan estava de folga, passava pelo local e foi surpreendido por tiros de fuzil, 762. Bruno disse ainda que os PMs estavam sem uniformes, sem veículo caracterizado e não deram ordem de parada. "A tragédia só não foi maior por sorte, por milagre. Porque uma hora dessa era para o delegado estar morto. Eles atiraram para matar o delegado."  Disse em entrevista ao AN.

Acompanhamento do caso

Logo após o fato ocorrido em Guaraí, delegados da Regional de Araguaína e de cidades circunvizinhas se deslocaram até o local para acompanhar de perto o desenrolar do caso.

O secretário de Segurança Pública, César Simoni, o delegado-geral da Polícia Civil, Claudemir Luiz Ferreira e o Coronel Glauber de Oliveira Santos, comandante geral da Polícia Militar também se deslocaram até Guaraí para prestar apoio aos servidores e acompanhar, de perto, as investigações preliminares. Os delegados de Araguaína só retornaram pela madrugada, após a prisão dos PMs.

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