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O segundo acusado de matar uma família de ciganos em Araguaína por foi condenado a mais de 76 anos de prisão. Carlos Alberto Pereira, conhecido como Carlos Cigano, foi levado a Júri Popular realizado no auditória da OAB em Araguaína, nesta quarta-feira (13).
O crime ocorreu em julho de 2012, quando quatro pessoas foram mortas por engano. Dentre as vítimas, três eram da mesma família, sendo mulher grávida de gêmeos, e um vizinho. Na época, foram mortos Félix Guido dos Santos, 46 anos (vizinho), José Rita Feitosa Pereira, 42 anos, Francisca Marahama Pereira Batista, 24 anos (grávida de gêmeos) e Rangel da Silva, 26 anos.
Segundo o Ministério Público, Carlos Cigano teria financiado o crime fornecendo dinheiro e até as armas que foram usadas nos assassinatos.
"As quatro pessoas que foram vitimadas foram atingidas em decorrência de engano, pois a vontade dele era atingir outras pessoas envolvidas numa matança de mais de 24 pessoas em mais de três estados diferentes, uma briga de família", afirmou o promotor de Justiça, Paulo Alexandre Rodrigues a TV Anhanguera.
Na votação do Júri, foram quatro votos a favor da condenação e três pela absolvição. A defesa disse que vai recorrer da decisão. "Não há nenhuma dúvida que esta decisão será anulada porque a lei determina que decisão contrária à prova dos autos deve ser anulada", explicou o advogado Wendel Oliveira.
Na época do crime, dois homens chegaram numa caminhonete prata e começar atirar em três pessoas que jogavam baralho numa residência do setor Nova Araguaína. Dois morreram no local e o outro conseguiu escapar sem nenhum ferimento. Em seguida, os pistoleiros mataram uma mulher grávida e o seu esposo. A chacina foi para vingar a morte de Maria dos Prazeres, de 72 anos, mãe de Cícero Romão e Zezim.
Cícero Romão Pereira, mandante e executor confessou o crime e foi condenado em 2015 a 76 anos de prisão.