Vicentinho (PR) vai disputar como senador na chapa de Amastha.

Com discurso de nova política, mas aliado ao PT com bandeira de "Lula Livre", Carlos Amastha (PSB) ficou em 3º lugar na eleição suplementar para o governo do Tocantins.  Ele obteve votação expressiva nas grandes cidades, porém o resultado foi um fiasco nos pequenos municípios.

Diante disso, precisou fazer alianças e mudar de opinião, mas não está conseguindo agradar a gregos e troianos. E seu grupo em Araguaína está insatisfeito.

Para reverter o quadro nas eleições de outubro, ele se vê obrigado a engolir o discurso, assumir ser da velha política e se aliar aos políticos tradicionais.

Em um passado muito breve, Amastha gostava de chamar os políticos de "vagabundos" e "corruptos".  Mas agora colocou Vicentinho Alves (PR), ex-adversário na disputa ao governo, como senador em sua chapa.  O republicano sempre repete ter 30 anos de vida pública.

Essa mudança de Amastha agradou as alianças recém-construídas. De outro lado deixou insatisfeitos os companheiros que estavam junto com ele na suplementar. Nos bastidores a informação é de que líderes das principais e maiores cidades estariam insatisfeitos com a maneira que o colombiano tem conduzido a pré-campanha.

Dentre os motivos alegados, estaria  a falta de diálogo com as lideranças que acompanharam o candidato na eleição suplementar e a presença do senador Vicentinho Alves (PR) no chapa majoritária de outubro.

Se torna "difícil pedir voto para Amastha, pois sua atitude desconstrói o discurso do "Novo" pregado pelo político durante sua trajetória," aponta um dos líderes insatisfeitos.

Apesar do 3º lugar no estado na eleição suplementar, Amastha ficou em 1º em Araguaína obtendo 37,46% dos votos válidos enquanto Mauro Carlesse (PHS) levou 30,97%.

Agora, com a mudança de discurso, Amastha aparenta ter virados as costas para Araguaína. Pois não cedeu nenhuma das duas vagas de senador e nem a de vice.  Diante disso, o grupo que o acompanhou na eleição suplementar estaria insatisfeito com o pouco espaço que Amastha estaria reservando a Araguaína.

Na suplementar Amastha contou com o apoio dos vereadores Wagner Enoque  (PSB) e Leonardo Lima (PRTB) em Araguaína. Já o Apóstolo Bueno ficou como coordenador da campanha.