Ramila Macedo/Araguaína Notícias
O número de casos confirmados de microcefalia no Tocantins subiu para 40. Eles estão sendo investigados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). O novo levantamento divulgado nesta segunda (14) aponta que os recém-nascidos diagnosticados com a doença são de 21 municípios do estado. No dia 1º de dezembro, a Sesau havia confirmado 22 casos.
Embora o Ministério da Saúde afirme que os casos do nordeste tenham relação com o vírus Zika, a Sesau diz que não há confirmação de que este vírus tenha sido o causador das malformações nos cérebros dos bebês.
Municípios
Segundo a Secretaria de Saúde, os casos foram registrados em Almas, Angico, Aragominas, Araguaína, Brejinho de Nazaré, Centenário, Colinas do Tocantins, Darcinópolis, Dianópolis, Divinópolis do Tocantins, Formoso do Araguaia, Goiatins, Lagoa do Tocantins, Natividade, Nova Olinda, Novo Acordo, Palmas, Porto Nacional, Santa Tereza do Tocantins, Tocantínia e Wanderlândia.
Microcefalia
De acordo com o informativo da Sesau, a microcefalia não é um agravo novo. Trata-se de uma má formação congênita, em que o cérebro do bebê não se desenvolve de maneira adequada. Neste caso, os bebês nascem com perímetro cefálico menor que o normal, que habitualmente é superior a 32 cm.
A malformação do crânio está relacionada a diversos fatores, como alterações genéticas, infecções e uso de álcool e drogas. No mês passado, o Ministério da Saúde confirmou que o vírus Zika é um dos causadores dessa condição. O vírus começou a circular no país este ano, principalmente na região Nordeste.
Dados do Ministério da Saúde divulgados na semana passada mostram que o Brasil já tem 1.248 casos suspeitos de microcefalia relacionada com o vírus Zika.
Acompanhamento
O secretário do Ministério da Saúde, Alberto Beltrame, divulgou nesta segunda-feira (14) Protocolo de Atenção à Saúde e Respostas à Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção pelo vírus Zika. Entre as medidas, será a estimulação precoce dos recém-nascidos com microcefalia que deverá ser feita até os três anos de idade, quando se completa o ciclo de desenvolvimento neurológico e cerebral da criança. “O objetivo é reduzir os danos das malformações”, acrescentou o secretário.
A Secretaria de Saúde do Tocantins garantiu em nota que "todas as gestantes, mães e bebês em questão estão recebendo o devido acompanhamento".
(Com informações da Agência Brasil e Sesau-TO)