
A força-tarefa de Polícia Civil de caça aos fantasmas na Assembleia e na Secretaria Geral de Governo perdeu dois dos três delegados integrantes. Ela havia sido criada em 5 de dezembro de 2018, mas a ordem foi revogada no último dia 16 de janeiro pelo delegado Geral da Polícia Civil, Rossílio de Sousa Correia.
Quando criada, a força-tarefa era composta por três delegados da capital: Gregory Almeida, Wanderson Queiroz e Cassiano Oyama. Mas, Gregory e Wanderson foram transferidos da missão especial e voltaram aos antigos postos. E agora, ficou com Cassinao que se encontra de férias e em viagem ao exterior. O novo integrante será o delegado Jeter Aires Rodrigues.
Os delegados que foram retirados na força tarefa pediram a Rossílio a reconsideração do caso, mas a resposta dada em 25 de janeiro foi negativa. Diante disso, Wanderson e Gregory recorreram à Justiça para derrubar a ordem do delegado Geral de Polícia Civil.
O presidente do Sindepol, Mozart Félix, disse que está acompanhando a situação. "Nos causa preocupação, já que ocorreu justamente no momento em que o doutor Cassiano entrou de férias e viajou. Nós vamos ver o desenrolar no poder judiciário e aguardar", disse ele.
"Os colegas que tiveram a ordem de missão revogada dizem que o trabalho é bastante complexo, um volume de informação muito grande ainda por ser analisada", explicou Félix.
Já o delegado Rossílio Correia disse que avaliou que a delegacia não precisava de quatro delegados para cuidar de apenas dois inquéritos. Ele alega que os dois foram deslocados para a 1ª DP para ajudar a diminuir a quantidade de inquéritos e não para uma investigação específica. "A delegacia-geral continua a fornecer todo apoio logístico incondicional a repressão a todos os tipos de crime", informou ele.
Força tarefa
A Operação Catarse é uma força-tarefa de várias delegacias do estado para investigar danos ao erário público. As investigações começaram após denúncias de funcionários fantasmas do governo do Estado em Araguaína, norte do Tocantins.
Depois, mandados foram cumpridos na Secretaria-geral de Governo, no Palácio Araguaia, onde os agentes encontraram indícios de que 300 funcionários estariam recebendo sem trabalhar.
O caso chegou na Assembleia Legislativa em dezembro. Três funcionários do deputado foram presos suspeitos de participar de um esquema. O deputado e a ex-mulher dele são apontados como beneficiados no esquema.
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