Operação Assepsis prende oito suspeitos de praticar roubos em Araguaína

A Polícia Civil finalizou a "Operação Assepsis" nesta quarta-feira (4) com a prisão de oito suspeitos de praticar roubos a residências em Araguaína. O nome da operação, em latim, faz referência à limpeza, assepsia e desinfecção, retirando do convívio social bandidos e assaltantes perigosos. A polícia descobriu ainda que um taxista dava suporte aos criminosos.

As investigações foram conduzidas pela Delegacia de Repressão a Roubos (DRR) de Araguaína. Segundo A PC, o bando agia na cidade praticando assaltos a residências, em muitos casos com intimidações dos moradores, por meio de atos e palavras de violência, assustando inclusive crianças e adolescentes.

As prisões iniciaram na madrugada da última segunda-feira (2). De acordo com o delegado Felipe Crivellaro, titular da DRR, a operação cumpriu mandados de prisão preventiva e temporária.

Os acusados são Edinaldo de Souza Brito, 45; Manoel Lima Santos, 21; Ítalo Eduardo Pereira de Castro, 25; Francislei Ferreira da Costa, 31; Ednam Rodrigues Leite, 22; Lucas Pereira Alves dos Santos, 18; Thiago da Silva Cipricio, 19 e Hígor Rodrigues de Sousa, de 21 anos.

"Neste momento os acusados estão sendo interrogados e após o interrogatório eles serão encaminhados para a Casa de Prisão Provisória de Araguaína e colocados à disposição da Justiça", afirmou o delegado.

Investigações

As investigações apontaram que Higor de Sousa, Ítalo Pereira, Francislei Pereira e Thiago Cipricio são suspeitos de cometerem vários assaltos na cidade e foram capturados mediante cumprimento de mandados de prisões preventivas.

A Polícia Civil informou ainda que Higor, na companhia de comparsas ainda não identificados, invadiam residências com atitudes hostis, pulando muros e quebrando portas e, na posse de arma de fogo, mediante comportamento violento, colocava famílias de reféns enquanto subtraia seus objetos.

O acusado Ítalo teria sido reconhecido, inclusive, por ser o autor do roubo praticado no estabelecimento comercial "Lú Enxovais". Na ocasião, armado com uma faca e com comportamento agressivo, o homem subtraiu aparelhos celulares e dinheiro. Ítalo já possui passagens por roubo à mão armada e porte de arma de fogo, sendo um deles praticado na companhia de um adolescente menor de 18 anos. Ele foi reconhecido por uma mancha que possui no corpo.

Já Francislei foi reconhecido por ter sido autor de um roubo de veículo ocorrido em janeiro deste ano, sendo cometido na companhia de um comparsa e utilizando arma de fogo. O mesmo possui passagens por receptação e associação criminosa, receptação e corrupção de menores.  Thiago é indivíduo reconhecido por ser voltado à prática de roubos a residências, na companhia de comparsas e com emprego de arma de fogo.

Em um caso concreto, os assaltantes quebraram a porta de blindex da residência e adentraram ao cômodo do casal simulando abordagem policial, com palavras usadas pelo efetivo de Segurança. Naquela ocasião, o roubo durou aproximadamente uma hora em que as vítimas estiveram sob forte pressão psicológica.

A Polícia Civil ressalta ainda que Thiago Cipricio era procurado pela equipe DRR há tempos, é só foi possível dar cumprimento à sua prisão com o apoio incondicional da Polícia Militar (PM), que logrou êxito em encontrá-lo.

 Troféu    De acordo com o delegado Felipe Crivellaro, o troféu da operação é Lucas Pereira, vulgarmente conhecido como Magrão. Para o delegado, ele é considerado, juntamente com um adolescente já apreendido, como um dos maiores assaltantes de Araguaína, realizando um assalto a cada dois dias na cidade, muitas vezes contando com apoio de Ednaldo Brito, um taxista da cidade. "Em todos os casos, Magrão é reconhecido na DRR por incontáveis roubos cometidos na cidade. Neste caso, percebemos que ele foi se especializando em roubos a residências. Ele utilizava de forte intimidação às vítimas, mantendo famílias em refém durante os roubos, inclusive crianças", ressaltou o delegado Felipe. Sequência da Operação

Nesta quarta-feira, 04, também foi preso Manoel Lima e Edinam Leite. Os dois foram reconhecidos em um determinado roubo na cidade que durou cerca de 40 minutos. Um terceiro acusado de assaltos, chamado Lucas, seria irmão gêmeo de Manoel Lima e permanece foragido. De acordo com a DRR, diligências em sua captura estão sendo efetuadas.