Política

Terciliano defende regimento, seletivo e implantação de Colégio Militar no Costa Esmeralda

Vereador propôs novo debate sobre a mudança de ingresso nas unidades escolares militares no Tocantins.

Protesto alunos do Colégio da Polícia Militar em Araguaína.

A Câmara de Araguaína voltou a debater, nesta segunda-feira (11), a mudança instituída pelo Governo do Estado nas Escolas Militares do Tocantins.  A propositura é do vereador Terciliano Gomes (PDT), que cobra uma solução para o impasse.  Ele ainda defendeu a criação de uma escola militar no setor Costa Esmeralda.

Na oportunidade, três deputados de Araguaína −Elenil da Penha (MDB), Jorge Frederico (MDB) e Issam Saado (PV) − participaram do debate.  A secretária de Estado da Educação, Adriana Aguiar, foi convidada, mas não compareceu ao debate.

Vereador Terciliano Gomes (PDT)

Logo no início, Terciliano pediu que os vereadores e deputados presentes ouvissem o “clamor” dos pais e alunos presentes.  Para o parlamentar, a mudança no regimento interno, implementada pela Seduc, “desconfigura” a Escola Militar.

O regimento interno da Escola Militar é (...) muito mais amplo. (...) Quando deixamos de aplicar o regimento, estamos desconfigurando a escola militar.  Então, o regimento interno é algo que não tem condições de abrir mão. Defendeu Terciliano, argumentando que a disciplina faz a diferença.

Terciliano também argumentou que a retirada do processo seletivo, ao contrário do anunciado pelo Governo, é menos democrático. Para defender a tese, o parlamentar citou que apenas três escolas de Araguaína serão civis-militares.  “O modelo para pegar só no entorno [da escola], não vejo como uma forma democrática.”

O parlamentar ainda chamou as mudanças de “imposição do Governo” e, por outro lado, defendeu a criação de mais uma unidade em Araguaína, distante do centro da cidade.  “Que o Governo, observando que traz resultados positivos (..) possa instalar uma Escola Militar no Costa Esmeralda.”

Mudanças

No último 29 de outubro, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), anunciou mudanças nos moldes de ingresso e a nova forma de nomenclatura dessas unidades que passarão a se chamar Colégio Estadual Cívico-Militar – as que ofertam ensino fundamental – e Centro Estadual de Ensino Médio Cívico-Militar – as que ofertam ensino médio.

Com a mudança, a matrícula dos alunos novatos para o próximo ano letivo será feita com cadastro on-line ou via telefone, assim como ocorre atualmente nas demais escolas da rede estadual.

Protestos

As mudanças anunciadas pelo Governo causaram insatisfação de pais e alunos dos Colégios Militares no Estado. Inclusive, fizeram uma petição online para que a Seduc recuasse e também organizaram protestos.

O Governo, no entanto, argumenta que a mudança democratiza o acesso às escolas e anunciou o aumento de 12 para 33 Colégios no Estado

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