O Tribunal de Justiça do Tocantins (TJ-TO) mandou soltar a odontóloga Suely Pereira Duarte, responsável técnica pelo Centro Terapêutico de Araguaína (CTA).  Ela estava presa há um mês e o Habeas Corpus (HC) foi concedido pela 2ª Câmara do TJ no último dia 13.

Suely foi presa em 15 de maio, juntamente com o proprietário do CTA, Paulo Gutier e o guarda da clínica, Leandro da Silva.  Ambos são acusados pelo desaparecimento do paciente Douglas Honório Freitas, 29 anos, ocorrido em junho de 2016.  O caso é considerado como homicídio, com ocultação de cadáver.

A investigação apontou suposta participação de Suely na ocultação do cadáver e por isso foi presa. Mas a relatora do Habeas Corpus, desembargadora Etelvina Maria Sampaio Felipe, considerou a  prisão ilegal. "Não visualizo no momento a ocorrência de qualquer dos requisitos legais que autorizam a manutenção da segregação temporária," destaca a relatora.

Por isso concedeu liberdade a Suely e decretou medidas cautelares. Ela está proibida de manter contato com os outros investigados e mudar sem informar o endereço à Justiça. Deve ficar em casa no período noturno, além dos dias de folga.

O paciente Douglas Honório desapareceu em junho de 2016 , quando Gutierre o levou a UPA do Araguaína Sul para receber atendimento.  A suspeita é que o corpo tenha sido desovado próximo a Filadélfia, Tocantins.  Entretanto, o cadáver nunca foi encontrado.  Gutir é apontado nas investigações como suspeito da morte e desaparecimento

Quase um  ano depois, a delegada responsável pelas investigações, Simone Melo, cumpriu em 15 de maio mandados de prisão preventiva expedidos pelo juiz Francisco Vieira Filho: um contra o dono da CTA -- Paulo Gutierre, 30 anos; outro em desfavor da odontologista e responsável técnica da clínica, Sueli Pereira Duarte, 48 anos; e ainda contra o guarda, Leandro da Silva, 34 anos.

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