O Tribunal de Justiça do Tocantins (TJ-TO) negou liberdade aos quatro PMs envolvidos no episódio de Guaraí, onde um delegado foi atingido por três tiros de raspão no último sábado ( 28). A decisão, que está em segredo de Justiça, foi proferida pelo desembargador Ronaldo Eurípedes, às 21h40 do último domingo (29).
O pedido de liberdade foi protocolado pela ASMIR-TO --Associação dos Militares da Reserva, Reformados da Ativa e Pensionistas do Tocantins. A liminar foi negada, mas o Habeas Corpus (HC) ainda não foi julgado pelo Tribunal de Justiça.
Com isso, os quatro PMs continuam presos no Quartel do Comando Geral em Palmas. A Justiça determinou que suas armas também fossem recolhidas. Os PMs são Frederico Ribeiro dos Santos, João Luiz Andrade da Silva, Tiago Marinho Duarte Peres e Cleiber Levy Gonçalves Brasilino.
Os quatro são apontados como responsáveis pela ação que baleou o delegado Marivan da Silva Sousa, na manhã de sábado (28), no centro de Guaraí. As informações são de que eles atiraram no carro do delegado durante uma abordagem, acertando três tiros de fuzil: um no braço, outro na orelha e um terceiro de raspão na cabeça.
Marivan foi socorrido, levado para o Hospital e transferido para Palmas. O estado de saúde é estável e não corre risco de morrer. Já os PMs foram presos ainda na noite de sábado em Guaraí, por determinação da Justiça e transferidos também para Palmas.
A ação aumentou a tensão entre a PC e a PM. Nas redes sociais os embates são ferrenhos. Também as notas divulgadas por ambas partes divergem sobre a ação e aumenta o clima de desentendimento. Inclusive, a informação é de que o Comandante Geral da PM, Coronel Glauber de Oliveira Santos, deixará o cargo após o episódio.