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Vontade de dormir em qualquer hora, lugar e situação? Isso pode ser um problema

A Sonolência Excessiva Diurna gera situações inconvenientes e até mesmo acidentes

Uma pessoa com Sonolência Excessiva Diurna é incapaz de se manter em alerta
Foto: Ilustrativa

Sabe aquela vontade imensa de dormir no meio de uma tarefa? Seja durante o trabalho, na frente do computador, no meio da aula, durante uma conversa ou até mesmo (que perigo) no trânsito? Esse problema é uma doença e tem nome: SED – Sonolência Excessiva Diurna.

Uma pessoa com SED, também chamada de hipersonia, é incapaz de se manter em alerta ou acordada durante os afazeres diários. Ela sente uma vontade muito grande, às vezes incontrolável, de dormir, não importa o que esteja fazendo no momento.

“Além desse problema, a SED carrega consigo uma série de sintomas, como irritabilidade, falta de energia para realizar as atividades cotidianas, perda de memória, mal desempenho profissional ou escolar, ansiedade, dificuldade de concentração e isolamento social”, explica Daniel Nunes, otorrinolaringologista e médico do sono.

Além de proporcionar momentos inconvenientes, essa sonolência pode colocar a vida de outras pessoas em risco, como no caso de um motorista que dorme repentinamente no volante.

“Se acontecer um dia não é um problema, a condição passa a ser considerada uma doença patológica se os sintomas se mantiverem por mais de três meses”, destaca o especialista.

Causas

A hipersonia pode ser causada pela falta crônica de sono, hábitos de vida inadequados, presença de doenças, uso de medicamentos que tem o sono como efeito colateral, hipersonia idiopática (quando uma pessoa precisa dormir mais do que o normal) e/ou narcolepsia.

“Boa parte dos pacientes que se queixam de sonolência excessiva possuem como causa os distúrbios do sono, como a apneia obstrutiva do sono e a Síndrome das Pernas Inquietas”, pontua Daniel.

Diagnóstico e Tratamento

Para descobrir a causa do sono excessivo, é necessário buscar a ajuda de um médico do sono. Ele pedirá exames laboratoriais e avaliará todas as informações e queixas relatadas pelo paciente. Também pode ser necessário a realização de uma polissonografia.

“Tendo todas essas informações em mãos, é possível realizar um diagnóstico e buscar os tratamentos mais efetivos para a situação, que pode envolver o ajuste ou suspensão de tratamentos medicamentosos em andamento, além da adoção de hábitos relacionados à higiene do sono”, finaliza o médico.