A Universidade Federal do Tocantins (UFT), Câmpus de Palmas, será sede de um observatório de geofísica espacial. O observatório será um dos 11 já espalhados pelo mundo. A instalação dos equipamentos foi realizada pelo físico Dr. Kazuo Makita que veio do Japão especialmente para auxiliar na criação do Observatório.
O também físico Washington Luis Carvalho explica que a Terra possui uma proteção magnética, o campo magnético. Com ajuda de satélites foi possível observar que em determinadas regiões esse campo de proteção encontra-se enfraquecido e, em função disso, pode haver a precipitação de partículas energéticas na Terra. Segundo ele, a maior concentração dessa precipitação está na região central da América do Sul. Um efeito visível da entrada dessas partículas é a aurora boreal, que ocorre nas regiões polares do planeta.
Ainda segundo Carvalho, a precipitação dessas partículas pode causar diversos fatores prejudiciais a saúde e intensificar outros já existentes, como por exemplo, o câncer de pele. Por isso é importante fazer o acompanhamento das oscilações que vem ocorrendo.
A equipe da pesquisa é composta pelos professores Salmo Sidel, Everton Silva e Washington Luis Carvalho, que estão sendo acompanhados pelo físico Makita. Os equipamentos e antenas estão sendo instalados em um área da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em Palmas. Os equipamentos captarão as informações que serão transformadas em dados e serão enviados aos computadores do Observatório que estão sendo instalados na UFT.
Makita trabalha há 20 anos na área da Geofísica e faz visitas anuais aos pontos onde estão instalados os observatórios.