Equipe altamente treinada assegura a qualidade e a segurança das operações
Foto: Divulgação SSP/TO

Criado em janeiro de 2011, por meio de uma Medida Provisória, o Centro Integrado de Operações Aéreas do Tocantins (Ciopaer/TO) iniciou suas atividades com uma estrutura básica, composta por uma diretoria, uma gerência de operações, uma gerência de instruções e uma gerência de manutenção. A partir desse alicerce, as operações foram gradativamente ampliadas, consolidando-se como um dos principais suportes aéreos das forças de segurança do Estado.

Atualmente, a unidade conta com duas aeronaves, um Esquilo AS350B3 Plus e um Robinson R66, que somam mais de 3.500 horas de voo sem registro de acidentes ou incidentes aeronáuticos. Suas missões abrangem diversas frentes, incluindo segurança pública, combate a incêndios florestais, apoio ao transplante de órgãos, transporte aeromédico e resgates.

O efetivo do Ciopaer Tocantins atualmente é composto por 14 profissionais, entre mecânicos de voo, operadores aerostáticos, técnicos de abastecimento de aeronaves, comandantes e segundos pilotos. A equipe altamente treinada assegura a qualidade e a segurança das operações realizadas.

O início

Leonardo Marincek Garrido da Nóbrega, policial civil aposentado e primeiro piloto do Ciopaer/TO, relembra o início das atividades e os desafios enfrentados na carreira.

"Em 2012, após concluir o treinamento inicial, ainda precisava atingir o mínimo de 500 horas de voo para assumir o comando da aeronave. Na época, participei da operação 'Brasil Mais Seguro', que enviou nossa aeronave para Alagoas. Foi lá que completei as 500 horas exigidas, qualificando-me para operar como comandante", relembra. 

Concluída essa etapa, Garrido foi encaminhado ao Ceará para participar do Programa de Instrução de Comando (PIC), uma série de operações rigorosas que testam a capacidade do piloto para assumir o comando. "Após 30 dias de treinamento intenso, fui declarado comandante e retornei ao Tocantins para assumir a nova função", explica.

Um dos desafios operacionais enfrentados pelo Ciopaer era a suspensão dos voos durante manutenções preventivas ou corretivas das aeronaves, realizadas por empresas contratadas. "Graças à gestão do tenente-coronel Bolentini, com apoio do delegado Charles, em 2023 foi disponibilizado o Robinson R66. Embora essa aeronave não tenha a mesma capacidade operacional do Esquilo, ela garantiu a continuidade dos trabalhos, especialmente no patrulhamento aéreo e no monitoramento de queimadas", detalha Garrido.

Integração

O tenente-coronel Gustavo Bolentini, diretor do Ciopaer, enfatiza que a integração das forças de segurança sempre foi um dos objetivos do Centro, pois é uma unidade operacional que reúne servidores da Polícia Civil (PC), Polícia Militar (PM) e Corpo de Bombeiros Militar (CBM).

Diversas conquistas foram alcançadas ao longo dos 14 anos de atuação do Centro, como a formação de mecânicos, a aquisição de um caminhão tanque abastecedor, a inauguração da base administrativa e a implantação do farol de buscas em 2024, ampliando as capacidades operacionais do Ciopaer.

Charles Giovanni Ferreira de Oliveira, delegado e comandante de aeronave, faz parte da equipe do Ciopaer desde 2011 e ressalta que, ao longo de seus 14 anos de existência, o Centro Integrado nunca registrou acidentes. "Nunca registramos um acidente ou incidente aeronáutico, e isso é resultado do alto nível de treinamento de nossa equipe. Seguimos doutrinas rígidas para prevenir erros e falhas, garantindo a segurança das operações e da sociedade", destaca o comandante.

O primeiro tenente Fernando é do Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins e  integra a equipe do Ciopaer como piloto desde de 2022. Ele explica um pouco das atribuições da equipe.

“É uma grande satisfação integrar essa unidade especializada da aviação, onde posso confiar plenamente em cada companheiro de equipe. Trabalhar ao lado de profissionais altamente capacitados nos dá a tranquilidade de saber que, independentemente da missão do dia, podemos cumprir nosso dever com segurança e retornar para casa, graças ao comprometimento, atenção, responsabilidade e experiência de cada integrante da unidade", destaca.

O tenente-coronel Bolentini ressalta que a segurança nas missões não depende apenas da habilidade dos pilotos, mas também da qualidade da manutenção e da instrução das tripulações.

"Sem uma manutenção bem feita, o risco aumenta consideravelmente. Da mesma forma, a tripulação precisa estar bem treinada para cumprir cada missão com segurança e eficiência. Sempre tivemos essa preocupação, enviando nossa equipe para cursos externos ou realizando treinamentos na própria aeronave, com instrutores internos ou convidados", conclui o tenente-coronel.