Membros do Conselho de Ministros Evangélicos de Araguaína (Comeara)
Foto: Reprodução

O Conselho de Ministros Evangélicos de Araguaína (Comeara) anunciou que deixou de participar da Marcha Pra Jesus, prevista para o próximo dia 11 de dezembro. A decisão foi divulgada oficialmente neste domingo, 28, pelo presidente Ap. Flávio Braga, em vídeo repercutido nas redes sociais (Veja abaixo).

A justificativa é que, nas palavras de Flávio, a prefeitura, sem a devida legitimidade, “usurpou” a competência da organização e realização do evento. Afirmou que a prefeitura “excluiu” o Comeara. 

De início, diz que traz um comunicado sobre o  “evento” organizado pela prefeitura e por “alguns agentes políticos" na Via Lago.

"No dia 24 houve um comunicado, por parte do Conselho de Pastores, onde a diretoria executiva disse que o Comeara não estaria participando do referido evento. Em virtude que, essa instituição, legitimamente constituída, foi retirada da organização e da realização do evento". Frisa o líder religioso.

Informou ainda que deliberação do Comeara no último sábado (27) manteve a decisão de deixar de participar do evento do dia 11 de dezembro. Flávio pontuou que a Marcha pra Jesus trata-se de um evento Internacional, trazido ao Brasil há 30 anos pelo apóstolo Estevam Ernandes da Igreja Renascer. Atualmente Ernandes é o presidente Internacional da Marcha Pra Jesus.

No vídeo, Flávio apresentou um documento no qual Apóstolo Estevam autoriza o Comeara, dentro do período de um ano, a realizar e organizar a Marcha Pra Jesus em Araguaína.

Ele lembrou da lei municipal nº 275, que introduziu o evento no calendário cultural da cidade estabeleceu o papel do município apenas de “auxiliar” a organização.  

"No parágrafo único diz assim: o poder executivo municipal deverá auxiliar a organização da Marcha para Jesus. Disponibilizando estrutura física e de pessoal.  (...) Ele deverá auxiliar quem? (...) Quem tem legitimidade pra realizar". Observou o religioso

Ap. Flávio explicou ainda que o Comeara representa os pastores de Araguaína, na sua grande maioria, sempre organizou o evento com a ajuda de outras pessoas e nunca precisou de um documento. Agora, o documento enviado por Ernandes deixa “definitivamente claro que é o Conselho que tem legitimidade, autorização, para organizar e realizar.”

Foi por esta razão que os pastores decidiram se afastar. Porque a organização e a realização do evento foi usurpada, retirada da mão das autoridades eclesiásticas. Enquanto eles [poder público] deveriam apenas auxiliar. Eles decidiram realizar o evento. Então esse evento que está aí, no dia 11, não tem autorização para usar o nome (...) Marcha para Jesus”.

“Pode ser um evento? Sim, pode. Mas não é a Marcha legítima, ou a Marcha legitimamente autorizada por quem de direito. (...) O Conselho de Pastor, no momento oportuno, vai realizar a Marcha para Jesus. Definitivamente autorizada com a sua marca, com a sua legalidade”. Finalizou, pedindo a compreensão das pessoas em relação à decisão do Comeara.

Procurada, a prefeitura ainda não se manifestou.