A falta de infraestrutura e serviços públicos é uma demanda antiga dos moradores do setor Lago Sul em Araguaína, no norte do Tocantins. Na última semana a instalação de outdoors em uma entrada do setor chamou atenção da população. Nas placas, a dona do loteamento e a prefeitura da cidade discutem a responsabilidade sobre os problemas.

Em uma das placas a prefeitura informa “que a infraestrutura do loteamento Lago Sul ainda é de responsabilidade da empresa loteadora.”

Na outra a empresa rebate e diz “que a infraestrutura foi entregue em 05 de fevereiro de 2014”.

A reclamação sobre os problemas do setor existem há pelo menos quatro anos. Em 2020, os moradores fizeram um protesto pedindo a recuperação do asfalto, corte do mato alto e melhorias na iluminação, entre outras demandas.

O tempo passou e os problemas continuam a piorar. “Os moradores estão pagando e sendo lesados. Não tem asfalto, praça, escola, posto de saúde, não tem nada. Teve um amigo meu que caiu de moto nos buracos, durante a chuva, e quebrou o pé. O dono não está dando a mínima para o setor e jogou para a prefeitura”, contou um morador que pediu para não ser identificado.

O impasse sobre a responsabilidade pelo local, entre a imobiliária e o município, começou ainda 2018 e foi parar na Justiça. Apesar da DR em praça pública há uma boa notícia para os moradores, pois a placa da empresa também diz que "as obras de manutenção serão iniciadas após o período chuvoso".

O que dizem os citados

Em nota, a Prefeitura de Araguaína informou que se solidariza com os moradores do Loteamento Lago Sul, que sofrem com a falta de infraestrutura adequada no setor. O município reafirmou que o empreendimento ainda não foi entregue para a administração pública, conforme consta na placa.

“Será firmado um TAC (Termo de Ajuste de Conduta), nos próximos dias, em que a empresa loteadora se compromete a realizar o serviço de recuperação asfáltica e drenagem pluvial. Os serviços de infraestrutura, de responsabilidade da empresa, devem ser iniciados após o término do período chuvoso e concluídos até o dia 31 de dezembro”, diz a nota.

O g1 também solicitou posicionamento da empresa loteadora e aguarda resposta.