Dados divulgados nesta quarta-feira (18) pela Delegacia Regional de Araguaína apontam que o número de homicídios na cidade caiu 53,58%, nos primeiros seis meses deste ano, em comparação com o mesmo período de 2017. Segundo números da Polícia Civil, 26 pessoas foram assassinadas na cidade em 2018, enquanto no ano passado foram 56 no primeiro semestre.
Para a polícia, a queda do número de mortes está atrelada a uma série de ações. Entre elas a criação de delegacias especializadas, como a DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa) que concluiu 39 investigações no 1º semestre deste ano. Neste período, 53 pessoas foram indiciadas e 26 delas presas.
Além disso, a PC informou que instaurou 1.178 inquéritos para apurar diversas infrações só neste primeiro semestre de 2018. Desse total, 84% dos procedimentos (966 em número exato) foram concluídos e encaminhados ao Judiciário.
Durante essas investigações, 309 pessoas foram presas entre homicidas, latrocidas, traficantes de drogas, estupradores, estelionatários, etc.
Taxa de homicídio
O alto número de assassinatos ocorridos no ano passado colocou Araguaína entre as cidades mais violentas do país. Uma taxa de 63,65 homicídios por 100.00 habitantes.
Os dados deste ano apontam para uma taxa de 29,55 homicídios por 100 mil habitantes. Índice pouco abaixo da média nacional de 29,9 por 100 mil (segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública ) e bem abaixo das cidades mais violentas do Brasil, como Altamira (107,00) e Lauro de Freitas-BA (97,7).
A PC lembra que esses dados deixaram a população amedrontada, criando um clima de insegurança generalizado. Araguaína se destacava nos noticiários como a cidade mais violenta do Tocantins. Neste ano a situação é diferente, já que os 26 homicídios estão abaixo do que foi registrado em Palmas e Gurupi no primeiro semestre.
A Delegacia Regional destacou a atuação da DHPP, criada em junho do ano passado a pedido do delegado Rérisson Macedo à Secretaria de Segurança Pública para. Inicialmente, os 6 agentes, dois escrivães e dois delegados desvendaram crimes de grande repercussão. Como o caso do peão de rodeio Getúlio Santos e do advogado Danilo Sandes, prendendo 07 pessoas envolvidas, sendo três Policiais Militares integrantes de esquadrão da morte no Pará.
Tráfico de drogas
Em relação ao tráfico de drogas a PC informou que dezenas de traficantes foram presos em operações da DEIC-NORTE. Além da apreensão de cocaína, maconha, rebites, cigarros contrabandeados e diversas substâncias nocivas à saúde pública.
A Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente também colocou atrás das grades inúmeros estupradores e pedófilos. A recém-criada Delegacia de Repressão a Roubos, única do Tocantins, conseguiu retirar de circulação 20 assaltantes em apenas três meses de existência. São criminosos "altamente perigosos, que invadiam residências e tiravam a tranquilidade da população" aponta o relatório.
"Esses são apenas alguns exemplos de nossa firme atuação contra o crime. No entanto, entendemos necessário detalhar o desempenho de uma unidade policial em específico, dado o efeito positivo que causou no seio da sociedade araguainense" afirma o relatório.