Manoel Silva Rodrigues (38 anos), segundo sargento do Aeronaútica

A Justiça Militar recebeu denúncia do Ministério Público Militar (MPE) e o militar tocantinense  preso na Espanha  com 39 kg de cocaína virou réu.  Ele estava num voo da FAB e integrava a comitiva do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que participaria de evento no Japão.  O militar é acusado de tráfico internacional de drogas e está preso na Espanha.

O juiz que recebeu a denúncia é o titular da 2ª Auditoria da 11ª Circuncisão Judiciária Militar (11ª CJM), Frederico Magno de Melo Veras. O militar que virou réu é o segundo-sargento da Aeronáutica, Manoel Silva Rodrigues (38 anos), que nasceu em Xambioá (TO). 

Avaliação da droga

Manoel foi preso no dia 25 de junho de 2019 no aeroporto de Servilha na Espanha, transportando uma mala com 37 pacotes de cocaína pura, o equivalente a 39 kg. Segundo o Jornal O Estadão, a droga estava avaliada em 1, 4 milhão de euros, o correspondente a 6,3 milhões de reais.

Tráfico internacional

Apesar do crime de tráfico internacional de drogas não estar previsto no Código Penal Militar (CPM), mas o juiz entende que o caso se enquadra na hipótese de crime de natureza militar por extensão, já que se trata de um militar em situação de atividade que supostamente atentou contra a ordem administrativa militar.

O magistrado marcou o início das audiências para o próximo dia 21 de maio. Como está preso no exterior, a citação do réu envolve um pedido de cooperação jurídica internacional, intermediado pelo Ministério da Justiça.

Ação da Justiça espanhola 

Além do processo na Justiça Militar brasileira, Rodrigues também é acusado pela promotoria da Espanha com base no mesmo episódio. O órgão pediu que o militar brasileiro cumpra oito anos de prisão e pague multa de 4 milhões de euros – mais de R$ 18 milhões.

Versão da família 

 A família do militar, na época da prisão, refutou as acusações e acredita que seja armação. “Ninguém aqui está acreditando nisso, ele sempre foi um menino exemplar, acho que fizeram uma armação por causa do ódio ao Bolsonaro e usaram ele de cobaia, ele quem está pagando o preço.” Disse um familiar ao Jornal do Tocantins.

O militar havia feito ao menos 30 viagens internacionais em voos da FAB, nos últimos cinco anos.  E trabalhou em viagens para os ex-presidentes  Dilma Rousseff, Michel Temer  e  iria ao Japão na comitiva de Jair Bolsanaro. 

*Com informações do Estadão e G1