ncineração de drogas foi realizada na manhã desta sexta-feira, 17, em Palmas
Foto: Dennis Tavares - Gov. TO

Um carregamento de mais de 200 kg de entorpecentes, como maconha, cocaína, crack e drogas sintéticas, avaliado em mais de R$ 5 milhões, foi incinerado na manhã desta sexta-feira, 17, pela Polícia Civil.  A ação foi realizada pela Divisão Especializada na Repressão a Narcóticos (1ª Denarc), de Palmas.

A destruição da droga ocorreu em uma cerâmica da região sul da Capital. Os entorpecentes foram apreendidos em ações de combate e repressão ao tráfico de drogas durante os primeiros seis meses de 2020, em Palmas.

Conforme a SSP, foram 185,9 kg de maconha, 9,1 kg de crack, 14,4 g de cocaína, 650 unidades de ecstasy e 54 de LSD, perfazendo um total de 209,4 kg de drogas, todas apreendidas pela Denarc. A ação tem previsão legal quanto à destruição de drogas e foi devidamente autorizada pelo Poder Judiciário e pelo Ministério Público Estadual. Desse modo, a incineração foi acompanhada por um perito oficial do Instituto de Criminalística do Tocantins, órgão vinculado à Superintendência de Polícia Cientifica da Secretaria da Segurança Pública.

Incineração de drogas em Palmas. Foto: Dennis Tavares/Gov. TO

Investigação

Conforme o delegado-chefe Denarc, Enio Walcacer de Oliveira Filho, a grande quantidade de drogas destruídas nesta sexta-feira é resultado do intenso trabalho investigativo que vem sendo realizado nos últimos meses. Segundo o Delegado, foram apreendidas neste período centenas de quilos de drogas naturais como maconha e cocaína e também drogas semissintéticas como LSD e Ecstasy, que seriam revendias a usuários de Palmas.

Com a intensificação das ações da Denarc, fomos capazes de tirar de circulação das ruas e avenidas de Palmas, uma média de 1,2 kg de drogas de variantes diversas por dia neste primeiro semestre de 2020”, afirmou o delegado.

Enio Walcacer relata que no mesmo período a Denarc também deflagrou dezenas de operações contra o tráfico de drogas, as quais resultaram na prisão de mais de 180 pessoas suspeitas pela prática de tráfico de drogas, sendo que 53 procedimentos policiais já foram concluídos e remetidos ao Poder Judiciário e ao Ministério Público, somente nos últimos dois meses.  

Nossas equipes não têm medido esforços no sentido de apreender o maior número possível de drogas não só em Palmas, bem como em municípios do interior do Estado, para evitar que mais famílias sejam destruídas por esse mal, uma vez que o tráfico de drogas fomenta a prática de outros crimes, como os patrimoniais e contra a vida, estes últimos na disputa de territórios para o tráfico”, ressaltou o Delegado ao afirmar que a Denarc combate com muito rigor essa modalidade criminosa e que, apenas seis meses, foi possível apreender mais de 200 kg de entorpecentes.

Sobre a incineração, Enio Walcacer afirma que ela demonstra o comprometimento de todos os integrantes que atuam na Denarc na erradicação do tráfico de drogas. “A partir de nossas ações, retiramos dezenas de quilos de drogas das mãos de traficantes e usuários. Isso nos enche de orgulho e nos encoraja e continuar nossa luta diária para que mais entorpecente seja apreendidos e para que aqueles que se valem desse expediente criminoso sejam levados à justiça e responsabilizados nos rigores da lei”, reforçou Delegado.

Proveitosa

Para Fábio Lang, promotor da 13ª Promotoria de Justiça do Ministério Público Estadual, que é responsável pela prevenção e repressão ao tráfico de drogas, a incineração representa o trabalho de excelência que vem sendo desenvolvido pela Segurança Pública do Estado no combate ao tráfico.

“Significa também que a Polícia Civil, por meio da Denarc, está conseguindo barrar a chegada da droga na mão dos traficantes e também para o consumo de usuários”, disse o Promotor ao agradecer a parceria da Segurança Pública com o Ministério Público. “Essa parceria sempre foi muito proveitosa e necessária e por meio dela conseguimos dar a resposta necessária no combate ao tráfico de drogas”.

Inquéritos

O Delegado Enio Walcacer ressalta que toda droga apreendida advém de inquéritos policiais instaurados e devidamente finalizados pela Denarc, sendo que todo o entorpecente conta com laudos técnicos emitidos pela Polícia Científica, que embasam os procedimentos policiais no sentido de determinar com exatidão o tipo exato de droga apreendido, conforme previsão da Lei de Drogas (Lei n° 11.343/2006).

O delegado Enio Walcacer esclarece ainda que, devido ao fato de a Polícia Civil utilizar fornos de empresas parceiras e também por questão de logística, optou-se por reunir uma quantidade considerável de drogas e, dessa forma, realizar a incineração de uma única vez. “A queima do entorpecente é feita sem qualquer ônus para o Estado. Assim, escolhemos a presente data porque já tínhamos uma grande quantidade de droga armazenada na unidade policial e, desse modo, a ação pode transcorrer sem maiores atropelos”, disse o delegado.

Segurança

Para que a ação fosse realizada, a Polícia Civil do Tocantins montou um forte esquema de segurança que envolveu além dos policiais da própria Denarc, equipes do Grupo de Operações Táticas Especiais (GOTE).