Uma operação da Polícia Civil prendeu, na manhã desta segunda-feira (12), quatro suspeitos por envolvimento na morte do jovem Higor Pereira Gomes, que foi encontrado  dentro de uma mala no Setor Araguaína Sul II, no último dia 20 de novembro.

Foram presos três homens e uma mulher em cumprimento a mandados de prisão preventiva. As investigações que elucidaram o caso são da 2ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (2ªDHPP).

Tortura da vítima

O delegado Breno Eduardo Campos Alves, da 2ª DHPP, explicou que a vítima foi torturada e depois de morta foi embrulhada para ser desovada na zona rural.

“A investigação da Divisão de Homicídios apurou que a vítima foi levada para o interior de um imóvel, no Setor Araguaína Sul, onde foi amarrada pelo grupo de autores, onde foi espancada, asfixiada, torturada e esfaqueada em seu pescoço”, disse a autoridade policial.

Após o crime, a vítima foi embrulhada em roupas de cama e colocada no interior de uma mala, sendo que o corpo foi levado para zona rural. “Contudo, durante o trajeto, deixaram o corpo cair”, informou o delegado.

Autores ligados a facção

Nas primeiras horas de hoje, a 2ª DHPP desencadeou uma operação com apoio de agentes da 3ª Divisão de Combate ao Crime Organizado (3ª DEIC), e da Divisão Especializada na Repressão a Narcóticos (DENARC), ambas de Araguaína. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão e as quatro prisões dos envolvidos no crime macabro.

O Delegado de Polícia Breno Eduardo Campos Alves, que comandou a operação, informou que “se tratou de uma ação investigativa de extrema complexidade, tendo em vista os autores serem agredidos a uma facção criminosa com bastante ramificações em Araguaína e no Estado. A motivação do crime circunda novamente sobre a guerra de facções que tantas vítimas já fizeram neste Estado”.

Durante as prisões, a polícia chegou até um dos líderes da facção criminosa, o qual também foi preso pela Polícia Civil. Ainda, no local do crime, os policiais encontraram instrumentos que podem ter sido utilizados para torturar a vítima antes dela ser executada. De acordo com a polícia, até uma unha chegou a ser arrancada durante a sessão de tortura que precedeu a sua morte.

Após a realização dos procedimentos legais cabíveis, os presos foram encaminhados à Unidade Penal de Araguaína, e seguem à disposição da Justiça.