PF investiga desvios de recursos públicos em municípios maranhenses

A Polícia Federal prendeu o médico Plinio Medeiros Filho, 46 anos, em Palmas na manhã desta quinta-feira (18) em uma operação que investiga o desvio de cerca de R$ 2 milhões da Saúde do Maranhão.

O médico é sócio de empresas com sede em Imperatriz e também atua nas cidades de Araguaína e Açailândia. Ele já tinha sido alvo de operação em 2016 que investiga desvio de R$ 36 milhões do SUS.

O ex-secretário de Saúde do Maranhão, Ricardo Murad, também é alvo da operação e está com a prisão decretada. Ele é cunhado da ex-governadora Roseana Sarney e ocupou o cargo entre 2012 e 2014.

Além de Palmas, a PF cumpre mandados em São Luís (MA), Imperatriz (MA), Parauapebas (PA), Brasília (DF) e Goiânia (GO). Foi determinado o bloqueio judicial e sequestro de bens em valor que supera R$ 15 milhões.

Essa operação da PF foi denominada de "Peixe de Tobias" e é a 6ª fase da "Operação Sermão dos Peixes".

A PF apurou indícios de que, entre os anos de 2011 a 2013, aproximadamente R$ 2 milhões destinados ao sistema de saúde estadual foram desviados para uma empresa sediada na cidade de Imperatriz (MA).

Outra operação

A Polícia Federal também deflagrou uma nova operação para apurar vazamento de informações da primeira fase da ?Sermão aos Peixes?. Ela é chamada de ?Abscondito II? e foi iniciada em 2016.

A PF avançou na investigação sobre o vazamento e reuniu prova de que os membros da organização criminosa conseguiram cooptar servidores públicos para a obtenção de informações privilegiadas. Depois, destruíram e ocultaram provas.

Além disso, violando medidas cautelares impostas pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, um dos investigados teria dilapidado seu patrimônio e transferido seus bens para terceiros para impedir que fosse decretada a perda de tais bens.

Mandados judiciais

Ao todo, considerando as duas operações, foram expedidos 19 mandados de busca e apreensão, oito mandados de prisão temporária e um mandado de prisão preventiva.

As pessoas investigadas poderão responder pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, dentre outros que possam ainda ser apurados.

(Com informações do G1).