Drone usado em águas profundas
Foto: META IA/ Rota 343

Policiais federais utilizarão drones subaquáticos para ajudar a localizar as vítimas da queda da ponte no Tocantins e os caminhões submersos, após o desabamento da parte central da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na BR-226, que liga o Maranhão ao Tocantins, no último domingo (22). O trabalho com o uso de drones será feito pelo Núcleo de Polícia Marítima da Polícia Federal. Três laudos serão elaborados por peritos do Instituto Nacional de Criminalística, incluindo dois engenheiros civis, dois especialistas em local de crime e um especialista em meio ambiente, conforme apontou a Agência Estado.

Pelo menos quatro pessoas morreram e outras 13 estão desaparecidas (11 adultos e duas crianças). Dez veículos, entre carros, caminhões e motocicletas, caíram no rio Tocantins. Um decreto do governo federal destinará R$ 100 milhões para a reconstrução da ponte. De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a ponte possui um contrato de manutenção vigente até julho de 2026. Na estrutura, o vão central que desabou tem mais de 530 metros de extensão.

O órgão não conseguiu contratar uma empresa para realizar obras na estrutura. Nesta terça-feira (24), o DNIT instaurou uma sindicância para apurar as causas e responsabilidades pelo desabamento.

Três caminhões que transportavam 22 mil litros de defensivos agrícolas e 76 toneladas de ácido sulfúrico, um produto químico corrosivo, caíram no rio Tocantins. O ácido sulfúrico (H₂SO₄) é utilizado no refino de petróleo, na produção de fertilizantes e papel, além de ser empregado na limpeza industrial para remover oxidação e ferrugem.

Na última segunda-feira (23), o Ministério Público Federal (MPF) no Pará anunciou a instauração de um inquérito civil para investigar as consequências socioambientais e de saúde pública. O rio Tocantins atravessa quatro estados: Goiás, Pará, Tocantins e Maranhão.