Um pintor confundido com assaltante goiano e que passou uma semana preso por engano em Araguaína será indenizado quatro anos após o ocorrido.  Andresley Carlos, de 39 anos, foi preso dia 21 de junho de 2017, enquanto trabalhava na reforma de uma agência bancária de Araguaína.

A prisão dele foi decretada pela Justiça de Goiás e o mandado foi cumprido pela Polícia Civil de Araguaína.  Ele chegou a passar uma semana preso na Casa de Prisão Provisória, por engano, mas em 28 de junho de 2017, Andresley ganhou a liberdade depois que a Justiça de Goiás expediu o Alvará de soltura.

Diante disso, a defesa ingressou na Justiça com pedido de indenização. Ao analisar a ação, o juiz do Núcleo de Apoio às Comarcas do Tribunal de Justiça do Tocantins (Nacom-TJTO), Esmar Custódio Vêncio Filho, condenou o Estado de Goiás a pagar indenização ao pintor, devido a prisão por engano.

A decisão foi proferida no início deste mês e o valor da indenização a ser paga pelo Estado de Goiás é de R$ 25 mil. A defesa também requereu pedido de indenização ao Estado do Tocantins. Contudo, o magistrado negou e justificou que a Polícia Civil tocantinense apenas cumpriu a ordem de prisão expedida pela Justiça goiana.

Início da confusão

Toda a confusão, segundo a defesa, ocorreu quando Andresley viajou a Goiânia (GO) em 2013 e perdeu os documentos. Um criminoso passou a usar os documentos dele e tentou furtar um carro naquele ano.

O suspeito chegou a ser preso, mas conseguiu escapar da prisão em 2014 e se tornou um procurado da Justiça. Diante disso, segundo a defesa, a Justiça de Goiás expediu o mandado para prender o pintor, dono dos documentos, que morava em Araguaína.