Equipes da Polícia Civil do Tocantins cumpriram um mandado de prisão temporária contra um policial militar lotado em Marabá, na manhã desta quinta-feira (21). Ele foi apresentado na Corregedoria da PM. A Justiça do Tocantins decretou a prisão de mais um policial militar, que deve se apresentar em breve, e de um ex-policial considerado foragido.
As decisões judiciais são decorrentes das investigações da morte do advogado Danillo Sandes Pereira, de 30 anos, ocorrida em julho passado, em Araguaína. No final de agosto foi preso, também em Marabá, o farmacêutico Robson Barbosa Santos, suspeito de ser o mandante do crime.
Em entrevista Correio de Marabá, o major Manoel Moura, membro da Corregedoria da PM em Marabá, confirmou a prisão. "A princípio essa ação envolve dois policiais militares nossos, mas é uma prisão cautelar, temporária, ainda não há muitos elementos a respeito do caso. Estão em andamento as investigações e entendemos, neste momento, até melhor preservarmos os nomes dos policiais para não atrapalhar o trabalho de investigação, pois ainda não é nada conclusivo e contundente", declarou.
Em relação à atuação da Corregedoria, disse que o órgão ainda não confeccionou qualquer procedimento e vai aguardar o encerramento do inquérito em andamento junto à Polícia Civil do Tocantins.
"Neste momento, na verdade, a gente só está cedendo o espaço para ser dado cumprimento a este mandado, mas a prisão está sendo efetivada pela Polícia Civil do Tocantins".
O preso deverá ser encaminhado para uma unidade militar do estado onde corre o processo. "Está sendo efetivada a prisão de somente um e ele será recambiado. O outro (militar) foi localizado, foi comunicado, mas neste momento não se encontra na cidade, está viajando e deverá se apresentar posteriormente para esclarecimento dos fatos", finalizou.
O advogado da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar em Marabá, Odilon Vieira Neto, acompanha o procedimento e disse que prestará esclarecimentos ao término dos trabalhos.
Relembre O advogado Danilo Sandes desapareceu no dia 25 de julho, após receber uma ligação e ir ao encontro de um suposto cliente na saída de Araguaína. Do encontro, ele viajaria à cidade de Filadélfia. Entretanto, desapareceu por volta das 9h00 da manhã daquele dia.Já o corpo foi encontrado quatro dias depois, na manhã do sábado (29). O cadáver estava em decomposição, debaixo de árvores, apenas de cueca e com rosto deformado. Estava a cerca de 600 metros da TO-222, a 15 km de Araguaína.
Conforme as investigações da Polícia Civil, a morte dele foi encomendada pelo farmacêutico Robson Barbosa. O motivo estaria relacionado a um inventário milionário em que o advogado atuava desde o ano passado. Robson queria levar vantagem numa herança de 7 milhões, e Danilo não aceitou. (Com informações do Correio dos Carajás)