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Começou às 8 horas da manhã desta quarta-feira (25) a primeira greve no novo governo de Marcelo Miranda (PMDB). Sem acordo quanto ao pagamento de benefícios aprovados no ano passado, a Polícia Civil do Tocantins cruzou os braços por tempo indeterminado, conforme já deliberado em assembleia geral da categoria.

Uma reunião foi realizada na manhã desta terça-feira, 24, na Secretaria da Administração, mas sem sucesso. O secretário da pasta, Geferson Oliveira, e o Procurador Geral do Estado, Sérgio do Valle, informaram ao Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol-TO) que o Governo não tem prazo para atender as demandas da Polícia Civil.

Alegando indisponibilidade financeira, a proposta do Procurador Geral do Estado, Sérgio do Vale, é que as demandas sejam atendidas por ordem cronológica de homologação das Leis e de acordo com a disponibilidade financeira o Estado. Entretanto, a proposta que não foi aceita pela categoria, uma vez que não apresenta qualquer segurança de que a Lei 2.851 de 9 de abril de 2014 (paridade salarial entre os cargos de nível superior) será respeitada, pois já foi citada em uma Ação Direta de Inconstitucionalidade. "Vocês nos pedem um dia e o Estado pede um momento" finalisou o Procurador. Exatos 1.215 policiais seriam beneficiados com a Lei 2.851/2014.

Para o presidente do Sinpol, Moisemar Marinho, a greve terá andamento conforme a votação em Assembleia, porque o Governo em nenhum momento demonstrou confiabilidade diante da categoria. Diversas vezes afirmou que a Lei 2.851 é legal por estar fora do período proibitivo, mas, suspendeu seus efeitos financeiros, por meio de decreto. "Não tem como revogar a greve. Vamos manter o funcionamento de 30% dos serviços básicos e vamos usar de todos os meios possíveis para assegurar nossos direitos", enfatizou Marinho.

Greve

O Sindicato disse que 30% dos serviços serão mantidos, apenas os essenciais. “Não podemos deixar um preso passar mal e não levá-lo para o hospital, por exemplo. Como também não deixaremos de fazer os flagrantes. Serão mantidos os serviços essenciais. Mas as ocorrências de crime, por exemplo, não vamos fazer”, disse o presidente do Sinpol, Moisemar Marinho, ao exemplificar os tipos de serviços atingidos com a mobilização.

Os policiais que aderirem ao movimento ficarão nas delegacias no horário de expediente. A estratégia é que a categoria possa explicar os motivos da greve, no caso de algum cidadão procurar pelos serviços que estarão paralisados. “Nossa demanda não é por aumento de salário, como muitos estão dizendo. Queremos a adequação no Plano de Carreira com a elevação de nível médio para nível superior”, disse ele.