Em meio às informações de que o governo do Estado vai anular o pacote de bondades aos servidores públicos realizado pelo ex-governador Sandoval Cardoso (SD) em período vedado pela legislação, entidades que representam os servidores começam a se mobilizar para impedir a revogação das medidas.

O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Tocantins (Sisepe), Cleiton Pinheiro, disse que a intenção do governo em avaliar a legalidade dos benefícios concedidos seria uma tentativa de não reduzir as despesas com servidores comissionados e contratados.

Segundo o sindicalista, os gastos do Executivo com pessoal estão atualmente acima do teto de 49% da Receita Corrente Líquida (RCL), fixado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), em razão dos contratos temporários e cargos de confiança. "Hoje somando os comissionados e contratados representam R$ 30 milhões em uma folha mensal de R$ 230 milhões. Se mexer nesse grupo, o estado se adequa (à LRF)", afirmou Pinheiro ao Portal CT. "O que o Executivo quer é criar um imbroglio para não mexer nos contratos e comissionados e afetar o servidor de carreira", completa.

O procurador geral do Estado, Sérgio do Vale, afirmou nesta terça-feira, que se todos os , 15% acima do limite máximo permitido pela LRF.

Pinheiro também reclamou que o governo não tem cumprido nem progressões e pagamento de direitos como insalubridade, por exemplo, e o criticou por não dialogar com os sindicatos. "O governo está agindo de forma unilateral para tomar essas medidas, sem conversar com as categorias", disse, ao garantir que na reunião de hoje as entidades vão definir um posicionamento.