Polícia Civil prende suspeito de estuprar a própria enteada no interior do Estado

Ana Lúcia Freitas Barbosa, de 40 anos, foi presa na última quinta-feira (28) em cumprimento a mandato de prisão. De acordo com a Polícia Civil, ela é acusada de permitir que a filha de 13 anos fosse estuprada pelo padrasto, Willian Torres de Oliveira, de 33 anos. Caso ocorreu em Tocantinópolis, região do Bico.

Conforme o Delegado Regional de Tocantinópolis, Tiago Daniel de Moraes, as investigações tiveram início no mês de maio de 2018, após a Delegacia Regional tomar conhecimento de que Willian, além de estar na posse de uma arma de fogo, estaria estuprando reiteradamente sua enteada de 13 anos, com a conivência da sua companheira, Ana Lúcia, mãe da vítima.

Diante disso, no dia 28 de maio, foi realizada uma busca na residência do casal onde foi localizada a referida arma de fogo (uma espingarda) e ambos foram levados para a delegacia, onde confessaram para o Delegado Regional que realmente estava ocorrendo o crime de estupro de vulnerável, há mais de um ano.

Willian contou que na verdade não estava estuprando sua enteada de 13 anos, mas estava apenas "namorando" com ela, desde quando a menina tinha 12 anos, já que eles se gostavam e que inclusive Ana Lucia era testemunha de tal namoro.

Ana Lúcia, ao ser ouvida, contou que tinha total conhecimento do relacionamento amoroso de sua filha com seu companheiro e que torcia para que eles se casassem e tivessem filhos, pois Willian era um homem muito bom.

Ana Lúcia, que vive em união estável com Willian há 09 anos, contou ainda que até tinha feito um quarto na casa dela para seu companheiro e sua filha poderem namorar de forma mais tranquila.

Vítima não consentia

Durante as investigações, a Polícia Civil esclareceu que, diferentemente do que fora relatado pelo autor e Ana Lucia, a vítima não consentia com os atos praticados pelo padrasto. Mas é importante destacar que, ainda que consentisse o crime ainda continuaria existindo em virtude da idade da vítima.

Diante destes relatos, o indivíduo foi preso, no dia 28 de maio, pelo crime de posse irregular de arma de fogo e permaneceu preso por conta do crime de estupro de vulnerável.

Já Ana Lúcia foi presa um mês depois, na última quinta-feira (28/06) em virtude de mandado de prisão solicitado pela Delegacia Especializada da Criança e do Adolescente de Tocantinópolis, tendo em vista a sua omissão diante dos abusos sofridos pela sua filha.

Segundo a Polícia Civil, os dois permanecerão presos à disposição do Poder Judiciário até o término das investigações, consequente, ação penal.