Professores saíram às ruas de Araguaína durante paralisação.
Foto: Reprodução/Sintet

Encerrou nesta terça-feira (31/05) o segundo dia de paralisação dos professores da rede municipal de Araguaína. De um lado, os profissionais da educação cobram reajuste do piso do magistério, de outro, a prefeitura de Araguaína informa que já concedeu o piso nacional no início do ano.

Em janeiro deste ano, o governo federal havia reajustado em 33,24% o piso do magistério e elevou o salário de R$ 2.886 para R$ 3.845. Esse é o valor mínimo a ser pago para profissionais da educação básica em início de carreira com uma carga de 40 horas semanais.

Antes do aumento deste ano, Araguaína já pagava aos professores do município um salário acima do piso nacional. Segundo a prefeitura, no ano passado, o piso para professores no início de carreira era R$ 3.030 (nível 1) e R$ 3.504 (nível 2).

Com o reajuste do piso nacional deste ano, o município passou a pagar R$ 3.845,63 aos professores de nível 1 e o salário de R$ 3.860 --15 reais acima do piso nacional -- para professores de nível 2.

No entanto, os sindicalistas querem que o reajuste de 33,24% seja concedido de acordo com o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) do município.

Para a prefeitura, a medida seria inviável porque “eleva os gastos com folha de pagamento para mais de 60% do orçamento municipal, o que é proibido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. O permitido é até 54%.

Ainda em abril, dados apresentados pelo município apontam que metade da folha de pagamento da prefeitura vai para a Educação. O município informou ainda que a média salarial dos educadores municipais é de mais de R$ 7 mil.

"Se cumprir as exigências do reajuste para todos, como está no plano de carreira dos professores, a cidade para! Temos muitas obras em andamento, e, da forma como está, toda a arrecadação do município ficará apenas para pagamento da folha da educação”, disse o prefeito Wagner à época.

Greve geral

Categoria levou fogão e panelas e preparou almoço no acampamento em frente ao gabinete do prefeito. Foto: Sintet


Segundo o Sintet, no segundo dia de paralisação a categoria levou um fogão e panelas e preparou o almoço no acampamento em frente à prefeitura de Araguaína. Professores também protestaram durante a inauguração de uma obra pública na cidade.

Na ocasião, o prefeito Wagner Rodrigues disse que iria receber o sindicato. Uma nova assembleia da categoria marcada para esta terça vai decidir se haverá greve geral.